A balança do comércio exterior do setor mineral fechou o primeiro trimestre de 2017 com superávit de US$ 6 bilhões, um incremento de 130% sobre o desempenho do mesmo trimestre de 2016. O setor mineral abrange a mineração (indústria extrativa, sem petróleo e gás) e indústria da transformação mineral (metálicos, não metálicos e compostos químicos inorgânicos). As exportações somaram US$ 11,7 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 5,7 bilhões. O excelente desempenho é explicado pela recuperação dos preços das principais commodities do setor, principalmente do minério de ferro. A participação das exportações do setor mineral no total das exportações brasileiras (US$ 50,5 bilhões) foi de 15%, nesse período.

 

Apenas na mineração, as vendas externas totalizaram US$ 6,5 bilhões, aumento de mais de 100% sobre o mesmo trimestre de 2016. O crescimento é atribuído à recuperação dos preços das commodities minerais bem como ao aumento em volume das exportações de minério de ferro. A commodity participou com 83,5% do valor dessas exportações; com 46% de todo o setor mineral e cerca de 11% das exportações brasileiras. Embora não computadas nas estatísticas da indústria extrativa mineral, merecem ser destacadas as exportações de ouro (US$ 676 milhões) e ferro-nióbio (US$ 432 milhões) que totalizaram cerca de US$ 1,1 bilhão. Já as importações da mineração somaram US$ 2 bilhões, 67% a mais em relação ao período entre janeiro e março de 2016, principalmente devido ao aumento do preço do carvão metalúrgico. 

 

Entre janeiro e março de 2017, a arrecadação da CFEM atingiu R$ 451,9 milhões, queda de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 580,8 milhões) ; o número de alvarás de pesquisa somou 3.062, aumento de 0,49% em relação ao mesmo período do ano anterior (3.047), enquanto os relatórios de pesquisa aprovados foram 335, 13% a menos na comparação com o mesmo trimestre de 2016 (385). A Cessão de Direitos Aprovadas atingiu 606, aumento de24% em relação ao mesmo período do ano anterior (488).