Ocidente poderá investir US$ 25 bilhões em terras raras

10/07/2023
Ocidente terá que investir mais de US$ 25 bilhões para substituir o fornecimento de terras raras da China

 

Para fazer frente às restrições de exportação de alguns minerais e metais por parte da China, o Ocidente terá que investir mais de US$ 25 bilhões para substituir o fornecimento de terras raras da China, segundo analistas do Goldman Sachs.

A China responde por 90% da produção global refinada de terras raras, portanto Europa e EUA estão lutando para reduzir sua dependência dos suprimentos chineses.

Nesta semana, a China impôs restrições à exportação de dois metais, o neodímio e o praseodímio (NdPr), usados ​​em semicondutores e veículos elétricos (EV), causando preocupações sobre o fornecimento.

A China é a fonte de mais de 70 por cento do NdPr do mundo e responde por mais de 90 por cento do segmento downstream de metais e ímãs. O país asiático aumentou sua produção para cerca de 50 mil toneladas este ano, de cerca de 34 mil toneladas em 2021, afirmou a Goldman Sachs.

Depois que a China aumentou sua cota de produção para o primeiro semestre de 2023 em 20%, o mercado foi empurrado para um superávit, reduzindo as previsões de preços para o NdPr.

O banco acrescentou que replicar a produção de 50 mil toneladas da China por ano poderia custar ao Ocidente algo entre US$ 15 bilhões e US$ 30 bilhões.

Impulsionada pela demanda por veículos elétricos e turbinas eólicas dobrando para 50% até 2030, a demanda por NdPr pode exceder a oferta a partir de 2028.

No entanto, dos mais de 20 projetos fora da China que poderiam produzir cerca de 20 mil toneladas de NdPR anualmente, "apenas dois ou três podem decolar nesta década", sentencia a Goldman Sachs.