GEOLOGIA

CPRM quer fomentar novas oportunidades

06/07/2017

 

O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Ledsham, apresentou o trabalho desenvolvido pela autarquia para fomentar novas oportunidades para grandes projetos de mineração no Brasil. O anúncio aconteceu para cerca de 160 executivos de exploração mineral, durante encontro promovido pela Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Industria Mineral  Brasileira (Adimb).
 
Segundo Ledsham o plano estratégico 2017/2021 atualizou a missão e a visão da CPRM. O principal agora é fundamentar a tomada de decisão dos clientes e contribuir para o desenvolvimento da atividade mineral brasileira, aliada ao uso racional de recursos naturais, prevenção e mitigação das consequências dos desastres naturais e aumento da disponibilidade hídrica.
 
O trabalho tem como foco aumentar o conhecimento da subsuperfície do território brasileiro, visando ampliar oportunidades para a mineração, água, energia e alocação de resíduos. “No Brasil apenas 4% das minas são subterrâneas, enquanto, no Canada chega a 20%”, disse Ledsham, citando que a CPRM vai focar sua atuação também em províncias maduras, como Quadrilátero Ferrífero (MG) com a reinterpretação geofísica integrada com a geologia. O diretor-presidente do CPRM defendeu a importância de se conhecer também o potencial mineral em áreas de fronteira do Brasil, que chegam a 1,5 MM km2. 
 
A CPRM também vai priorizar seu trabalho na região Amazônica, principalmente em áreas de fronteira do Amapá, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, onde foram mapeadas 931 ocorrências de ouro, cobre, estanho, níquel e ferro. Ledsham citou, como exemplo, o projeto Tunuí, da CPRM e que conta com apoio do Exército Brasileiro e das comunidades indígenas locais. O projeto está localizado na região da Cabeça do Cachorro (AM), na fronteira do Brasil com a Colômbia. 
 
Durante o evento, Ledsham comentou que a CPRM avalia a criação de uma fundação científico-tecnológica com núcleo em inovação e tecnologia em tectônica, geofísica, geoquímica e recursos dos continentes e oceanos. Esse núcleo será alinhado com as principais expertises da instituição e demandas dos setores da mineração e óleo & gás, focando sua atuação em linhas de pesquisa voltadas para evolução continental e sistemas minerais.