Brazil Potash e Amaggi: contratos para transporte

05/10/2022
As partes assinaram contratos para a comercialização de 500 mil toneladas de potássio por ano.

 

A Brazil Potash e a Amaggi Exportação e Importação, em parceria com a sua subsidiária de logística Hermasa Navegação da Amazônia, assinaram acordos para viabilizar o comércio e transporte de cloreto de potássio, produzido pela Brazil Potash, em Autazes (AM). As partes assinaram três contratos, sendo que o primeiro acordo prevê garantia mínima de compra, com termos e condições para a comercialização de 500 mil toneladas de potássio por ano. O segundo contrato envolve a venda do restante da produção, de cerca de 1,9 milhão de toneladas anuais de potássio, enquanto o último acordo refere-se ao transporte em barcaças da produção total de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano, durante um período de 15 a 17 anos, com opção mútua de prorrogação. 

O volume corresponde ao projeto inicial da Brazil Potash em Autazes, que irá abastecer as principais regiões agrícolas do Brasil. O empreendimento é orçado em cerca de US$ 2.5 bilhões e já conta com Licença Prévia (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI). Atualmente, o projeto está em fase de licenciamento ambiental junto ao órgão ambiental do Amazonas. “É uma mudança de jogo para a Brazil Potash assinar contratos vinculativos com a Amaggi. É a empresa ideal para contratarmos, pois consome grande quantidade de potássio para aplicação em suas terras de cultivo. Eles também possuem uma extensa rede de distribuição e logística por meio de sua subsidiária integral, Hermasa, que opera um terminal de transbordo de barcas para o oceano a apenas 40 milhas a montante de nosso projeto Autazes. Conheço Blairo Maggi há vários anos e estou animado por trabalhar com a Amaggi e sua talentosa equipe”, afirmou o presidente da Brazil Potash, Stan Bharti.

Desde que o projeto esteja em operação, a Hermasa alocará os ativos e recursos necessários para o transporte coberto de cloreto de potássio principalmente do porto próximo à vila de Urucurituba, no rio Madeira, até o porto de propriedade da Hermasa localizado em Porto Velho (RO), ou pelos rios Amazonas e Tapajós para outros destinos. “O Brasil é um país rico em conhecimento agropecuário, com grandes quantidades de terras cultivadas, água doce e temperatura ideal para permitir o cultivo o ano todo. No entanto, apesar de ser um dos maiores consumidores mundiais de potássio, globalmente estamos fortemente expostos, uma vez que 98% desse nutriente essencial para as plantas é importado”, disse Blairo Maggi, um dos acionistas da Amaggi. Para ele, ter uma fonte local de potássio convencional em larga escala – como proposto pela Brazil Potash, é fundamental para garantir a segurança alimentar do Brasil e global.