A Galvani, principal produtor nacional integrado de fertilizantes fosfatados, está completando 90 anos, figurando entre as mais longevas empresas do País e uma das mais tradicionais no setor de fertilizantes. Segundo o CEO da Galvani, Marcelo Silvestre, ao longo de sua trajetória a Galvani mostrou resiliência, conseguindo sobreviver aos momentos difíceis e dar respostas aos desafios que enfrentou ao longo do tempo. Ele pontuou que a empresa chega aos 90 anos de atividade muito moderna do ponto de vista da gestão e governança. “Apesar de ser uma empresa familiar, a Galvani está melhor em governança do que 60% das empresas de capital aberto no Brasil. Tanto que recebeu, em 2024, um prêmio do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que reconhece a ética nos negócios”. A empresa também foi reconhecida como um dos melhores locais para se trabalhar e recentemente aderiu ao Instituto Ethos, que reúne empresas que são exemplos em sustentabilidade.
A tradicional empresa celebra os seus 90 anos apostando em crescimento. O CEO informa que a Galvani tem atualmente dois projetos em andamento na Bahia. O primeiro é a duplicação da planta de Luís Eduardo Magalhães, no qual estão sendo investidos R$ 500 milhões, e o segundo é a instalação de nova unidade de mineração em Irecê, para lavra do minério primário, numa parceria com a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral). Neste projeto, o investimento previsto também é de R$ 500 milhões. A previsão é que o novo projeto de Irecê, iniciado este ano, seja concluído em 2026. Em Luís Eduardo Magalhães, o projeto foi iniciado em 2023, com a instalação de uma nova planta de ácido sulfúrico. Agora está sendo montada uma nova linha de granulação e mais dois armazéns de estocagem de fertilizantes. A capacidade de produção está sendo duplicada, devendo passar de 650 mil para 1,3 milhão t/ano. Ambos os projetos devem estar finalizados em 2026. A empresa tem também em seu pipeline o projeto Santa Quitéria, que espera ter licenciado até meados de 2025, com a expectativa de poder implantar o empreendimento até 2028. Lá deverão ser produzidas 1,2 milhão t/ano de rocha fosfática, 200 mil toneladas de fosfato bicálcico, mais adubo líquido e também ácido fosfórico grau técnico. Também serão produzidas 2.300 toneladas de concentrado de urânio (yellow cake) que será entregue à INB, que pagará para a Galvani apenas o custo de produção. Com isto, o Brasil poderá ser um dos dez maiores produtores mundiais de urânio.
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