CIMENTO

Tecnologia FLSmidth para reduzir emissões

12/02/2021

 

O vice-presidente da FLSmidth, Fleming Voetmann, disse que 40% das emissões vêm da liberação de CO2 que está embutido em um material de base (calcário) usado para a fabricação de cimento. Se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de CO2 do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e China. Na América Latina, Brasil e México produzem mais de 100 milhões de toneladas métricas de cimento por ano (MTA). Argentina e Peru seguem em produção e consumo de cimento com mais de 10 MTA. No mundo, a produção de cimento responde por um total de 8% das emissões globais.

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor da construção, foi desenvolvida a tecnologia conhecida como "calcinação de argila" para substituir o calcário por argila. O MissionZero é um dos projetos mais inovadores e ambiciosos da FLSmidth, que visa orientar a indústria do cimento em um caminho mais sustentável e, portanto, atingir zero emissões de CO2 até 2030. Para atingir esse objetivo, a FLSmidth iniciou projetos-piloto com clientes e instituições acadêmicas. O uso e os resultados deste novo cimento "verde" em estradas curtas e pequenas pontes têm sido promissores. Atualmente, há aproximadamente 70% da tecnologia necessária para cumprir a promessa do MissionZero de atingir zero emissões de CO2 até 2030. "Estamos confiantes de que a abordagem e o investimento que estamos fazendo em pesquisa e desenvolvimento fornecerão os 30% restantes nos próximos anos", disse Voetmann.

Além da técnica de calcinação da argila, existem outras iniciativas, como a eliminação gradativa de fontes de energia fóssil por meios como a eletrificação. Outro ponto importante para a indústria reduzir as emissões é a mudança de mentalidade do setor, o que exige não apenas investimentos em máquinas e equipamentos, mas também um compromisso com o combate aos desafios da desaceleração do aquecimento global.

Os requisitos também podem ser estabelecidos para a pegada de CO2 deixada por edifícios recém-construídos, além da criação de um imposto sobre produtos que contenham carbono. Pode-se até estipular que 30% ou mais dos materiais usados em grandes projetos de construção sejam sustentáveis.