MINAS-RIO

Semad decidirá LO para segunda etapa

08/09/2016

 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) está para decidir a concessão da Licença de Operação definitiva de uma série de atividades que compõem o Complexo minerário Minas-Rio, da Anglo American, localizado entre Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (Médio Espinhaço). A Anglo American anunciou que o licenciamento é um marco para o prosseguimento da etapa 2 do projeto, que deverá alcançar a capacidade máxima de produção, de 26,5 milhões de toneladas por ano, em 2019, e que já tem um plano de expansão previsto. Em julho deste ano, a Anglo obteve a Autorização Provisória para Operação (APO) da Fase 2 do Minas-Rio, o que permitiu o início das operações, a otimização da lavra e o acesso a novas reservas. Com o parecer favorável, a Semad julga a LO definitiva das operações na Mina de Sapo, parte do complexo do Minas-Rio. Em nota, a Anglo explicou que a otimização da mina reúne um conjunto de melhorias e ajustes operacionais que considera um pequeno avanço na cava existente, bem como a ampliação da pilha de estéril e operação de um dique de contenção de sedimentos e do sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de rejeitos. A Anglo possui as licenças de operação da mina e usina de beneficiamento, mineroduto e filtragem referentes à Fase 1 do Minas-Rio, o que permitiu o início das operações do empreendimento em outubro de 2014. A expectativa de produção do projeto Minas-Rio para este ano é de 15 a 17 milhões de toneladas de minério de ferro. No primeiro semestre, a mineradora produziu 6,8 milhões de toneladas no complexo do Minas-Rio, 128% a mais em relação à primeira metade do ano passado, quando foram produzidas 3 milhões de toneladas de minério. O empreendimento continua em ramp up (aumento gradual da produção). Em termos de vendas, praticamente 7 milhões de toneladas extraídas a partir do complexo do Minas-Rio foram comercializadas, 169,2% a mais do que o mesmo período de 2015. Em fevereiro deste ano, a Anglo American confirmou que o Sistema Minas-Rio “não fazia mais parte dos seus ativos centrais, o que significa que a unidade não receberia investimentos adicionais do grupo”. A mineradora, porém, nega que pode vender o projeto. A saída de Minas-Rio dos ativos principais do Grupo aconteceu praticamente 15 dias depois de a mineradora demitir cerca de 220 funcionários da Unidade de Negócio de Minério de Ferro no Brasil, que se resume ao Minas-Rio. Na ocasião, a empresa alegou que estava fazendo uma revisão de custos devido ao atual cenário do setor de mineração, com preços baixos do minério de ferro.