MANGANÊS

RMB e Grupo Sabes desenvolvem projeto no Pará

05/11/2020

 

A mineradora RMB (Recursos Minerais do Brasil) e a holding Grupo Sabes, formada por um grupo de empresários mineiros para investir em projetos de mineração, logística e desenvolvimento de novos negócios, assinaram acordo de investimentos de aproximadamente US$ 200 milhões para os próximos três anos com o objetivo de agregar valor na produção, beneficiamento e industrialização do minério de manganês. A parceria quer atender os setores de siderurgia, do agronegócio e da produção de ligas especiais.

Ao todo está prevista a geração de 1.200 empregos diretos no município de Marabá (PA), onde uma nova planta de beneficiamento, sem barragem de rejeitos será implantada. “Essa parceria com o grupo Sabes nasce com um novo conceito de minerar manganês no Brasil, totalmente inovador na forma de beneficiar o minério, com aproveitamento integral do minério extraído, sem a necessidade do uso de barragens de rejeitos”, explica Samuel Borges, que continuará como CEO da RMB.

A meta é produzir 80 mil toneladas mensais de manganês, com teor de 45% Mn, já em 2021. Cerca de 30% da produção será destinada para fabricação de sulfato de manganês, insumo para a indústria de misturadores de adubos e fertilizantes. “Vamos suprir a demanda que existe por micronutrientes utilizados na agricultura”, diz Borges.

A RMB investirá também no aproveitamento de rejeitos para eliminar o uso de barragens em seus projetos. A empresa pretende implantar um pólo cerâmico para produção de tijolos, bloquetes e pisos, usando como matéria-prima a lama das barragens de rejeitos. A produção será destinada para construção de escolas, creches e doação para a comunidade onde a empresa atua.

Além do aproveitamento de rejeitos, a RMB vai recuperar áreas degradadas pela mineração ilegal.  O projeto de reflorestamento da empresa, segundo Borges, prevê a elaboração dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas; a construção de um viveiro de plantas medicinais, frutíferas e nativas, que será gerido pela empresa com o apoio da comunidade. O piloto do projeto será implantado nas comunidades de Alto Bonito e Vila União, onde a empresa desenvolve projetos. “Pensando em um projeto sustentável, redesenhamos a forma de recuperação do solo em áreas degradadas, implantando um manejo com a técnica de agrofloresta, com ênfase no plantio de espécies medicinais visando, no futuro, o fornecimento de matéria prima para os grandes laboratórios do País.” explica Borges.