NEXA

Receita cai, mas Ebitda sobe 163%

30/10/2020

 

A Nexa Resources informa que registrou receita líquida consolidada de US$ 538 milhões no terceiro trimestre de 2020 (menos 5% em relação ao mesmo período de 2019) e um crescimento de 163% no Ebitda em relação ao mesmo período do ano passado. No total, o Ebitda somou US$ 152 milhões. Os resultados foram favorecidos pela retomada das operações nas unidades mineiras que a empresa possui no Peru, que voltaram gradativamente, após vários meses de paralisação. Também contribuiu para o resultado o sólido desempenho das unidades localizadas no Brasil. 

Segundo a empresa, a expressiva evolução deve-se principalmente “aos menores custos e despesas operacionais, a redução nas despesas de exploração e desenvolvimento de projetos, o aumento dos preços de coprodutos e recorde trimestral de vendas de calcário. O programa voltado para a melhoria da eficiência das operações, maximização dos retornos e transformação cultural – chamado de Jeito Nexa –, segue evoluindo bem e sua contribuição para EBITDA foi de US$ 24 milhões no terceiro trimestre e, no acumulado do ano, de US$ 67 milhões”.

Mas o resultado líquido da empresa foi negativo em US$ 35 milhões no terceiro trimestre de 2020, devido principalmente a perdas geradas por efeitos contábeis não caixa (impairment) no valor de US$ 49 milhões (líquidos de impostos), vinculados à unidade de Cerro Pasco e ao projeto Jarosita, ambos no Peru. Excluindo o efeito do impairment, a Nexa teria fechado o trimestre com resultado positivo.

A empresa produziu, no terceiro trimestre, 82 mil toneladas de zinco, 16% a menos frente ao terceiro trimestre de 2019, ao passo que a produção de cobre totalizou 8 mil toneladas, um decréscimo de 25%. Já a produção de chumbo chegou a 11 mil toneladas, apresentando 16% de diminuição. Já a venda de metais com maior valor adicionado (zinco metálico e óxido de zinco) totalizou 158 mil toneladas, em linha com o mesmo período do ano passado. Entretanto, na comparação com o segundo trimestre, houve uma alta de 32% impulsionada pela recuperação da demanda do mercado regional.

“A saúde e a segurança dos nossos colaboradores, parceiros e comunidades onde atuamos são a nossa maior prioridade e temos seguido os mais rigorosos protocolos em todas as nossas operações. A COVID-19 segue sendo uma preocupação, mas apesar do cenário desafiador, alcançamos um sólido desempenho no trimestre, o que demonstra a resiliência do nosso negócio. Seguimos otimistas em relação às perspectivas de longo prazo para os mercados de zinco e cobre e assim que nosso principal projeto de mineração - atualmente em construção em Aripuanã (MT) -, começar a gerar receita, vamos nos dedicar às discussões sobre nossos próximos projetos. Hoje, o mais avançado é Magistral, um projeto de cobre localizado no Peru”, afirma o CEO da Nexa, Tito Martins.

Ele informou que, de janeiro a setembro, os investimentos da Nexa totalizam US$ 234 milhões, sendo US$ 149 milhões destinados aos projetos de expansão, principalmente o desenvolvimento do projeto Aripuanã e o aprofundamento da mina de Vazante. Maior investimento em curso da Nexa, Aripuanã está focado na produção de zinco, chumbo e cobre, sendo que sua entrada em operação está prevista para o início de 2022. Em relação à estimativa total de gasto para construção do empreendimento, a empresa prevê um aporte de US$ 547 milhões. Em relação aos demais US$ 85 milhões investidos nos primeiros nove meses de 2020, foram destinados, principalmente, à sustentabilidade das operações, projetos de gestão ambiental e inovação. Para o ano de 2020, a previsão de CAPEX foi ampliada de US$ 300 milhões para US$ 350 milhões.