SIDERURGIA

Produção deve cair 7,6% em 2016

30/11/2016

 

Segundo balanço do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção brasileira de aço bruto deve encerrar o ano com volume de 30,7 milhões de toneladas, o que significa um recuo de 7,6% em relação a 2015. Este é o volume mais baixo registrado desde 2009.

As vendas internas devem somar 16,3 milhões de toneladas em 2016, queda de 10,1% na comparação com o último ano. O consumo aparente de aço no País deve ser de 17,9 milhões de toneladas, o que representa redução de 16,2% na comparação com o ano passado. Caso esse resultado seja confirmado, haverá um retorno aos padrões de 2009. O consumo aparente deve crescer 3,5% em 2017, na comparação com este ano, enquanto as vendas devem subir 3,6%. As exportações devem fechar o ano com 13,2 milhões de toneladas de aço e receita de US$ 5,5 bilhões. Até outubro, as vendas externas registraram queda de 2,3%.

O mercado internacional do aço enfrenta ainda excesso de capacidade de produção, fazendo com que as práticas predatórias e a concorrência desleal prosperem. Dos 780 milhões de toneladas de excedente de capacidade instalada de aço no mundo, mais de 400 milhões de toneladas estão na China. As exportações chinesas de aço que, em 2015, atingiram mais de 110 milhões de toneladas, encontram-se, neste ano, num ritmo de 115 milhões de toneladas.

Para combater esta concorrência considerada desleal o IABr entende ser urgente a compensação da não competitividade do aço brasileiro frente a outros países, com o aumento da alíquota do REINTEGRA para 5%, conforme previsto no parágrafo 2º, art. 22 da lei 13.043/2014 e melhorias na formatação na linha de financiamento Exim do BNDES. Além disso, a política de conteúdo local deve ser estimulada e a China não ser reconhecida como economia de mercado.