ALUMÍNIO

Para Abal, Brasil deve produzir mais

05/09/2018

 

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Milton Rego, o Brasil “precisa produzir mais, gerar excedente, investir, exportar e criar postos de trabalho”. Atualmente, segundo ele, a indústria do alumínio responde por 13% dos empregos no Brasil, sendo que apenas as empresas do setor de alumínio empregam diretamente cerca de 120 mil pessoas no País. A afirmação foi feita durante a cerimônia de abertura da ExpoAlumínio – Exposição Internacional do Alumínio e do 8º Congresso Internacional do Alumínio, no São Paulo Expo, que ocorreu entre 3 e 5 de setembro e que contou com a presença de executivos de grandes companhias, representantes de associações internacionais do alumínio, agências governamentais, centros de pesquisa e excelência e empresários. 
 
Segundo Paulo Octavio P. de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora dos eventos, o setor é importante para a economia mundial, tanto que a Reed Exhibitions aposta em seis eventos mundiais nas Américas, Ásia e Europa, onde existem mais de 60 mil clientes do setor. 
 
A abertura contou também com palestras de Kirstine Veitch, consultora da Metal Bulletin, e do economista Octavio de Barros, fundador e diretor da Quantium4 Soluções de Inovação. Kirstine analisou o impacto do “fator chinês, afirmando que estes são “momentos difíceis para os planejadores. A realidade é que o mercado atual está incerto, principalmente por causa da produção de alumínio da China e das sanções econômicas. Porém, nos últimos anos, a demanda por alumínio foi forte e ultrapassou os outros metais, como o aço e o cobre. O alumínio encontrou aplicação em diferentes setores, com o de transportes, e conseguiu roubar o espaço dos outros metais”. 
 
Octavio de Barros falou em especial dos desafios do próximo presidente eleito. “Uma das coisas mais perigosas que existem no Brasil atualmente é o senso comum de que todos os nossos problemas – como ineficiência, desequilíbrio da previdência e déficit fiscal – decorrem da corrupção. Isso é uma ilusão que serve para evitar que difíceis escolhas sejam realizadas. Corrupção não explica nossos problemas estruturais”. A abertura contou ainda com um debate entre os quatro CEOs das principais empresas do setor no País: Otavio Carvalheira, da Alcoa Alumínio; Ricardo Carvalho, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA); John Thuestad, da Norsk Hydro do Brasil e Tadeu Nardocci, da Novelis do Brasil.
 
Durante os três dias, o 8º Congresso promoveu 15 painéis de discussão com 70 palestrantes, enquanto a ExpoAlumínio, que ocorreu simultaneamente, apresentou as novidades dos produtores primários e secundários de alumínio, empresas de reciclagem, fornecedores de máquinas, insumos e representantes dos setores de metalurgia, usinagem e fundição. O evento contou ainda com uma atração extra: a Casa do Alumínio, que revela em seus ambientes, de forma lúdica e interativa, a presença e a importância do alumínio no dia a dia das pessoas.