Atuar sob o conceito de empresa conectada, aproveitando a expertise das suas diversas áreas para reforçar sua presença no mercado de mineração. Esta foi a estratégia definida pela Pöyry para crescer num segmento que reduziu bastante sua demanda por serviços de engenharia, por conta da baixa nos preços das commodities, o que levou a uma pisada generalizada de freio nos investimentos.

Segundo Antonio Bernucci, gerente de Mineração e Metalurgia da Pöyry no Brasil, esta nova linha de atuação procura fomentar os negócios cruzados dentro da empresa, de uma forma mais sistematizada. Assim, a área de mineração passa a contar, de maneira mais efetiva, com a expertise das áreas de infraestrutura, energia, processos químicos e outros, que passam a atuar sob o guarda-chuva de uma mesma diretoria. A única área que fica de fora é a de papel e celulose, que tem uma diretoria própria.

Bernucci também explica que a empresa está atuando muito fortemente na minimização de resíduos, onde tem projetos em andamento no segmento de fertilizantes, fazendo o bombeamento dos rejeitos para as pilhas, captação da água das pilhas e relocação das linhas de transmissão, além de ter feito o EIA/RIMA do empreendimento. Segundo ele, a Pöyry é uma das poucas empresas de engenharia que manteve a área de engenharia ambiental, focada em estudos ambientais.

Para o gerente de Mineração e Metalurgia da Pöyry o setor de mineração começa a dar alguns sinais de recuperação, o que é positivo para as empresas de engenharia e consultoria mineral. “Há expectativas de que o mercado volte a se aquecer em 2019, o que significa que os projetos deverão ser pensados e elaborados em 2017 e 2018”. Ou seja, há previsão de que demanda por serviços volte a existir, embora muito longe dos níveis que se verificou durante a época do chamado boom da mineração.

Bernucci também prevê que as companhias mineradoras passaram a dar mais atenção à questão dos rejeitos e que isso abre uma nova frente de atuação para as empresas. “E nós estamos preparados para atender a essa demanda, o que pode ser comprovado nos projetos em que já estamos atuando”, conclui.