O cobre atingiu seu nível mais alto em uma década no dia 26 de abril de 2021, conforme as preocupações com interrupções no fornecimento e forte demanda do mercado elevam as expectativas de um mercado apertado. O principal metal de transição de energia foi negociado com alta de 1% na Bolsa de Metais de Londres a US$ 9.650 por tonelada, em comparação com US$ 9.545,50 / t na sexta-feira, 23 de abril. O preço é o nível mais alto desde 29 de julho de 2011, quando o cobre foi negociado a US$ 9.730 / t na LME.

De acordo com o Goldman Sachs, a commodity está a caminho de subir para US$ 15.000 / t até 2025, já que a demanda deve crescer quase 600% até 2030. Os analistas estimam que a demanda chegará a 1,22 milhão de toneladas este ano, crescendo para 2,56 milhões toneladas em 2025 e 5,39 milhões de toneladas em 2030. Com o aumento da demanda projetada, vem o déficit de oferta e a necessidade de preços mais altos, o que, por sua vez, deve desbloquear novos investimentos.

Os analistas acreditam que "os riscos de fornecimento estão aumentando e o preço do cobre está prestes a sair de sua faixa comercial recente". Eles observam que há valor em outras partes das commodities, "mas o cobre ainda é o melhor". As preocupações com a oferta vêm aumentando no Chile, o maior exportador de cobre do mundo. Primeiro, o impacto potencial da pandemia sobre a produção e as exportações e agora o risco de uma greve nacional nos portos.

Com mais de 8.000 membros em 25 terminais portuários do país, a União Portuária do Chile havia programado uma greve em todos os terminais para pressionar o governo a aumentar o apoio financeiro à população. Havia sido anunciada a paralisação total de todos os 25 terminais, o que interromperia as exportações de cobre e afetaria os estoques.

O presidente do Chile, Sebastian Pinera, anunciou que encaminha um projeto de lei ao Congresso que permite aos trabalhadores uma retirada antecipada de 10% de seus fundos de pensão, em oposição ao bloqueio do projeto.