GRAFENO

MackGraphe é inaugurado em SP

10/03/2016

 

No Campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie foi inaugurado dia 2 de março de 2016 o MackGraphe, Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias, primeiro centro privado de excelência em pesquisas nesta área da América Latina. O projeto é uma parceria do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie e recebeu investimentos de mais de R$ 100 milhões.

O edifício tem área superior a quatro mil metros quadrados dividido em nove pavimentos, dos quais sete andares e dois subsolos. Além dos laboratórios com equipamentos de última geração, os 15 pesquisadores envolvidos nos projetos de pesquisas de grafeno e materiais bidimensionais tem à disposição uma sala limpa “Classe 1.000”, com 200 metros quadrados (área com controle de partículas), que mantém o ambiente higienizado, sem que haja prejuízo para os experimentos. O Dr. Maurício Melo de Meneses, Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, ressalta a intenção do MackGraphe em desenvolver um bom relacionamento com empresas, corporações, para ir além do campo acadêmico e científico, propiciando o desenvolvimento conjunto (universidade e empresas) de patentes de produtos diferenciados.

Com status de material mais resistente e fino do planeta, além de um excelente condutor de eletricidade e calor, o grafeno é o futuro da tecnologia mundial, com potencial de movimentar um mercado de US$ 1 trilhão em vários setores: defesa, eletroeletrônicos, semicondutores, produtos como plástico ou látex, televisões e smartphones, com displays flexíveis e transparentes. Além disso, estudos recentes revelam que o material também pode ser utilizado na filtragem de água.
A produção mundial de grafita natural em 2013 foi de 1,1 milhão de toneladas; a China foi responsável por 70,4% da produção total, seguida pela Índia, Brasil, Coréia do Norte e Canadá, mantendo os números do ranking de 2012. Em escala menor, esse mineral foi produzido nos seguintes países: Rússia, Turquia, México, Noruega, Romênia, Ucrânia, Madagascar e Sri Lanka. O Brasil ocupa o terceiro lugar entre os produtores mundiais de grafita. A produção brasileira do mineral natural beneficiado atingiu 91.908 toneladas de minério (65 mil toneladas de contido), acréscimo de 4,2% na comparação com 2012.

De 1 kg de grafite pode-se extrair 150g de grafeno, avaliado em pelo menos US$ 15 mil. Prevê-se que o mercado de grafeno terá potencial para atingir até US$ 1 trilhão em 10 anos. E o melhor: estima-se que o Brasil possua a maior reserva mundial, segundo relatório publicado em 2012 pelo DNPM.

A inauguração do MackGraphe contou ainda com a participação do prêmio Nobel de Física russo Andre Geim, conhecido como descobridor do grafeno, e do físico brasileiro Antonio Hélio de Castro Neto, atual diretor do Centre for Advanced 2D Materials da National University of Singapore, além de gestores , Presidente e Conselho Deliberativo da Universidade.