Laboratório de Hidrometalurgia no Amazonas

18/06/2021
Laboratorio será utilizado para produção de ligas metálicas com altíssima qualidade e maior valor agregado

 

A Mineração Taboca, em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), concluiu as obras do primeiro Laboratório de Hidrometalurgia do Estado. Destinado à formação de profissionais especializados e altamente qualificados em um dos ramos da mineração, o local está prevista para entrar em operação ainda no primeiro semestre de 2021. 

O laboratório está instalado em Manaus, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e será utilizado para capacitar os acadêmicos do curso de Engenharia Química na extração – por meio de reações e processos químicos controlados – de minerais estratégicos e terras raras a partir da columbita retirada pela empresa na Mina de Pitinga (no município de Presidente Figueiredo), para produção de ligas metálicas com altíssima qualidade e maior valor agregado para atender à crescente demanda no mercado nacional e internacional. 

O gerente de Processos e Qualidade da Mineração Taboca, Denilson Coutinho, afirmou que o laboratório é resultante do projeto de formação e capacitação de mão-de-obra especializada para suportar os projetos de expansão e crescimento da companhia, através de aperfeiçoamento das operações e novos produtos.  Nos últimos anos, a Taboca tem mantido o foco em projetos de desenvolvimento de novas rotas tecnológicas para a expansão da produção dos produtos existentes, como de novos produtos portadores de metais com alto valor agregado e elevada importância tecnológica para o mundo. Anteriormente, a mineradora promoveu o intercâmbio de professores e acadêmicos amazonenses com especialistas em hidrometalurgia de outras partes do país, com foco na formação técnica e transferência de conhecimento estratégico para a equipe da Universidade do Estado do Amazonas. “A partir de agora, os profissionais serão formados aqui, com docentes locais e com um imenso campo de trabalho, não apenas na Taboca, mas também em empresas”, explicou. 

A Mineração Taboca também irá dispor aos acadêmicos o know-how adquirido ao longo dos anos em hidrometalurgia e no processamento de minerais estratégicos para o mercado brasileiro - o que irá possibilitar a sustentação dos projetos de ampliação de outros minerais, além do estanho, nióbio e tântalo que já se produz na Mineração Taboca. O primeiro Laboratório de Hidrometalurgia do Amazonas foi projetado para ser ampliado em módulos, caso haja necessidade, como por exemplo no aumento de demanda de capacitação técnica e desenvolvimento em pesquisa. 

A mineradora desenvolve paralelamente ao laboratório dois importantes projetos relacionados com a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos a partir do minério extraído na Mina de Pitinga. Em Ouro Preto (MG), juntamente com a Fundação Gorceix, a empresa está desde 2020, atuando na implantação e Operação de uma planta-piloto destinada a recuperar minerais estratégicos dos rejeitos e assim aumentar a produção da empresa. E em São Paulo (SP), em parceria com o Laboratório de Reciclagem, Tratamento de Resíduos e Extração (Larex) – centro de pesquisa científica que pertence ao Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (POLIUSP) – a Mineração Taboca está implantando uma planta de hidrometalurgia e calcinação com objetivo de extração das Terras Raras, além da limpeza da columbita produzida em Pitinga. Essa columbita, de alta pureza, será enviada para um outro laboratório que está sendo montado junto ao Instituto de Pesquisa Tecnológico da USP - IPT, para a produção de novas ligas metálicas de alta qualidade feitas de nióbio e tântalo.