BARRAGENS

GT de São Paulo realiza seminário com especialistas

27/01/2016

 

No dia 21 de janeiro o Grupo de Trabalho criado pelo Governo do Estado de São Paulo e coordenado pela Secretaria de Energia e Mineração realizou seminário sobre barragens de mineração, que contou com a presença de especialistas brasileiros em mineração, barragens, recuperação de água, eliminação de rejeitos e prevenção de acidentes. “Além de verificarmos as ações que dão garantia e segurança à população, queremos mostrar para todo o setor mineral que somos parceiros e queremos fomentar a cadeia produtiva, transformando a imagem que a mineração possui atualmente, criando empregos e atingindo um novo patamar”, destacou o secretário Estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

O GT irá apresentar, até o final de fevereiro de 2016, um relatório com recomendações para as empresas responsáveis pelas barragens com o objetivo de adequação das estruturas, adoção de novas tecnologias e a mitigação de riscos conforme as leis vigentes. “Temos que diminuir as possibilidades de desastres e só com planejamento e adoção de medidas que teremos segurança”, explicou o secretário da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, coronel José Roberto dos Santos. O relatório final também irá apresentar recomendações para o aperfeiçoamento dos sistemas de fiscalização dos órgãos públicos federal, estaduais e municipais.

O grupo de trabalho é coordenado pelo subsecretário de Mineração da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, José Jaime Sznelwar. “O GT já visitou seis barragens e até o final de fevereiro vamos visitar as outras 15 barragens cadastradas na ANA e no DNPM, além de instalações que não estão cadastradas”, detalhou Sznelwar.

O Seminário foi dividido em quatro painéis. O primeiro intitulado “Métodos de Construção de Barragens de Rejeito em Mineração e Problemas Associados” teve duas apresentações. O geotécnico master da VOGBR, José Mario Mafra abordou os tipos, normas e métodos de construção de barragens de rejeito de mineração e as vantagens e desvantagens de cada modelo, enquanto o engenheiro Joaquim Pimenta, da Pimenta de Ávila Engenharia, mostrou as anomalias e incidentes típicos em barragens.

O segundo painel, denominado “Estado da Arte da Tecnologia de Monitoramento e Controle”, teve o engenheiro Geraldo Moretti, da Moretti Engenharia, apresentando o tema, em seguida o engenheiro do IPT, Ronaldo Rocha, explicou as metodologias e equipamentos para monitoramento da estrutura das barragens e o professor da USP, Edvaldo Simões Fonseca Junior, detalhou as técnicas geodésicas de monitoramento de barragens. Ainda no 2º painel, Carlos Nobre da Conceição, da TEC TOR, falou sobre o radar para monitoramento de movimentações topográficas, já o representante da Tenova Brasil, Flávio Barros, apresentou o sensor inteligente para estabilidade de barragens.

O terceiro painel abordou as “Novas Tecnologias de Processamento Mineral para a Eliminação de Barragens de Rejeitos”. O tema do painel foi abordado nas palestras dos representantes do CETEM/MCTI, Claudio Schneider, da FACIX/MATEC, Vinicius Vilela, da Metso, Vinicius Lisboa de Souza, dos técnicos do IPT, Sandra Moraes e Marsis Cabral, da i9 Tecnologia, Alexandre Passos e Flavio Frascino, da Haver & Boecker, Paula Novaes Right, Weir do Brasil, Ricardo Elie Baracat, e da Steinert,  Paulo da Pieve. O Desaguamento de rejeitos para empilhamento a seco foi o tema da palestra dos engenheiros Celso Tessaroto, da Exceltech e Rotenio Castelo Chaves Filho da RZ. O último painel do seminário técnico sobre barragens de mineração debateu a “Prevenção e atuação em situações de emergência”. O pesquisador titular da Área de Lavra de Minas do Instituto Tecnológico Vale – ITV, Vidal Félix Navarro Torres, apresentou os contaminantes ácidos e sólidos resultantes das operações de ruptura de depósitos de resíduos na mineração. Já o representante do Setor de Atendimento a Emergências da CETESB, Marco Antônio Lainha, mostrou o desastre ambiental de Cataguazes como agente motivador para a criação do Plano Nacional de Prevenção e Respostas Rápidas Ambientais com Produtos Químicos Perigosos. “Com certeza saímos desse seminário com informações valiosas que ajudarão o grupo de trabalho de barragens de mineração a produzir um relatório ainda mais rico e capaz de ajudar os órgãos fiscalizadores e empresas do setor a exercerem uma mineração responsável, dando segurança à população, aos empregados e apoiando a retomada da economia”, finaliza Sznelwar.