A Gerdau anunciou que pretende criar uma joint venture em parceria com as japonesas Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works (JSW) em um negócio que envolve R$ 280 milhões em investimentos para a aquisição de novos equipamentos de produção na área de energia eólica.

Caso aprovada pelas autoridades concorrenciais, o projeto será instalado dentro da usina da Gerdau, localizada no município paulista de Pindamonhangaba. A siderúrgica fornecerá aços especiais para a produção das peças para as torres de geração de energia eólica — eixo principal, rolamentos da pá e rolamento da torre. Ao todo serão gerados 100 novos postos de trabalho diretos.

A união dos esforços da Gerdau com essas duas companhias permitirá a produção brasileira de peças para abastecer a construção de novos parques eólicos no País, oferecendo aos clientes produtos de alta qualidade e competitividade em custos. "Estamos trabalhando para transformar a Gerdau em uma empresa com melhor eficiência e rentabilidade, considerando os desafios atuais e futuros do mercado mundial do aço. Para isso, buscamos nos unir a parceiros com experiência reconhecida em seus segmentos de atuação, gerando novas oportunidades de negócios. Com a Sumitomo Corporation e a JSW, buscaremos o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia para nossos clientes que, consequentemente, geram maiores margens de retorno", afirma o Diretor-presidente (CEO) da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter.

A participação da Gerdau na joint venture deverá ser superior a 50%, tornando a empresa sócia majoritária. A participação dos demais sócios será definida no momento do fechamento da operação. Além de equipamentos para a indústria eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para a indústria do aço e do alumínio, produtos que já vêm sendo produzidos pela Gerdau e comercializados para mais de 30 países. A capacidade total de peças para indústria eólica e cilindros deverá alcançar 50 mil toneladas anuais. O fechamento da operação e a formalização da joint venture dependerão da análise e da aprovação pelos órgãos de aprovação competentes.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, a capacidade de energia eólica instalada responde por 6% - o que correspondente a 8 MW – da matriz de energia elétrica. A projeção é que esta participação chegue a 11% em 2014, com 24 GW, conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia.

A iniciativa é resultado do projeto Gerdau 2022, lançado em 2015, e que visa aumentar a competitividade de todas as operações a partir de uma visão estratégica de longo prazo, envolvendo a simplificação das operações e estruturas internas, a modernização da cultura empresarial, a reavaliação do potencial de rentabilidade dos ativos e o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio.