AREIA SILICOSA

Empresa vai explorar jazida na Bahia

14/12/2020

 

A capixaba Pedreiras do Brasil S/A venceu licitação aberta pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) para exploração de areia silicosa no município de Belmonte (BA). Com o resultado, a empresa comprometeu-se a implantar uma unidade industrial no município. O minério é a matéria-prima da sílica, utilizada na produção, dentre outros, de fibras óticas, placas solares e quartzo artificial. “A nossa mineração segue levando emprego e renda para as pessoas no interior do estado. Além desta nova indústria que será implantada em Belmonte, nós temos duas licitações que serão finalizadas até o fim do mês e pretendemos, ainda em dezembro, lançar mais dois editais, um de ouro e outro de níquel, com conclusão para o começo de 2021”, disse o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm. 

A Pedreiras do Brasil pretende iniciar a extração do minério bruto em até seis meses e o beneficiamento em um ano, segundo informou Adriano Alves, diretor da empresa. A última etapa será a implantação de uma indústria para produção de quartzo artificial, um produto complementar às pedras naturais, utilizado na construção civil, que deve levar até quatro anos. “Hoje a nossa empresa importa insumos para depois vender o produto. Agora nós vamos viabilizar uma cadeia 100% nacional de quartzo artificial, desde a matéria prima até o fim e exportar, principalmente, para os Estados Unidos, onde estão 90% dos nossos clientes”, disse Alves. 

O depósito licitado pela CBPM em Belmonte foi dimensionado em 100 milhões de toneladas, com pureza média de 99,74%. Uma segunda licitação do mesmo material na região está aberta para propostas, com conclusão prevista para o dia 23 de dezembro de dezembro de 2020. A CBPM está também com licitação de barita e outra de areia prevista para conclusão nos dias 22 e 23 de dezembro, respectivamente. 

O depósito de barita fica em Contendas do Sincorá, próximo a Jequié (BA). O minério é utilizado na lubrificação e resfriamento de perfurações de petróleo. Já a areia industrial também fica na região de Belmonte e serve como matéria-prima para fibras óticas e placas solares. A CBPM lançará editais ainda em dezembro para níquel, cobre e cobalto em Campo Alegre de Lourdes, norte do estado na fronteira com o Piauí, e para ouro em Umburanas, próximo a Jacobina.