ANGLO AMERICAN

Debate sobre inclusão e diversidade

19/06/2019

 

A Anglo American realizou, dia 11 de junho, a 2ª edição do Everyone Day, evento que integra o programa global de inclusão e diversidade da companhia. O encontro teve a participação de empregados de todas as unidades de operação da empresa no Brasil (presencialmente e por transmissão online). A diretora financeira da Anglo American, Ana Sanches, destacou o aprendizado gerado pela discussão destes temas.  “Este movimento é global. Estamos tratando de inclusão e de diversidade com muito cuidado, carinho e respeito, para criar esse ambiente. Nós podemos ser um exemplo de empresa, no setor de mineração, no Brasil. A gente tem essa oportunidade, para poder fazer essa diferença”, disse ela.

As pesquisas recentes da consultoria internacional Mckinsey mostram que é direta a relação entre diversidade e performance financeira, com impactos em torno de 30% na geração de lucro e nos indicadores de inovação. “Então eu digo a vocês: enxerguem sem medo os funcionários com deficiência. Enxerguem a pessoa. Se ele tiver uma oportunidade, vai mostrar sua capacidade” disse o cineasta e jornalista Daniel Gonçalves, um dos palestrantes do Everyone Day, sobre as oportunidades de carreira para os deficientes. O documentário Meu nome é Daniel, de sua autoria, ganhou o prêmio Documental Calificado Oscar, do Festival Internacional de Cine de Cartagena, na Colômbia, e está cotado para disputar o Oscar na categoria Melhor Documentário, em 2020. No filme, Daniel mostra como se deu a construção de sua identidade para além da deficiência e propõe uma reflexão sobre “o que é ser normal”.  

A trans brasileira, a astrofísica Vivian Miranda, contou em sua apresentação o seu processo de transição de gênero durante os doutorados realizados nas universidades da Pensilvânia e do Arizona (EUA). A astrofísica integra um grupo de pesquisa liderado pelo físico Adam Riess, ganhador do Nobel de 2011, no projeto denominado WFirst, da NASA. “O respeito à identidade de gênero já existia lá. Foram exemplos definitivos e transformadores. A acolhida da minha família, o apoio no ambiente profissional e o acesso à saúde fizeram toda a diferença entre eu estar morta – como milhares de travestis no Brasil – ou realizar os meus sonhos, como estar na NASA hoje”.

Em apresentação para tratar da diversidade racial, a executiva e comunicadora Alexandra Loras, ex-consulesa da França, relatou situações vividas logo ao chegar no Brasil. Ela disse que no Brasil predominam o preconceito e racismo. Fez também exercícios de reflexão com a plateia, exibindo imagens modificadas onde todos os brancos se tornam negros, o mundo invertido: grandes personagens da história, artistas pop, bonecas de brinquedo e gente famosa nas capas de revista. “Se invertêssemos tudo, não seria assustador? Pois é assim que nos sentimos. O preconceito está enraizado em toda a nossa cultura”. “Está comprovado que as corporações que investem na diversidade étnica em seu quadro de pessoal têm possibilidade de aumentar sua rentabilidade em cerca de 35%, além de melhorar a competitividade e aumentar o respeito às diferenças.”

A palestrante Maria José Salum, engenheira de Minas e pesquisadora do setor de mineração, falou sobre equidade de gênero e contou passagens da sua vida profissional, nos quais a mulher sempre foi minoria – no ambiente da mineração e no meio acadêmico, onde atuou como professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais. Após a última palestra, os convidados responderam perguntas do público presente, além de questões enviadas por empregados das outras unidades, que acompanhavam o evento ao vivo.