Consumo de calcário agrícola deve cair após nove anos
Segundo estimativas da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) e de produtores, a demanda das mineradoras de calcário agrícola do Brasil caiu diante dos volumes do mesmo período do ano passado. Depois de nove anos de crescimento contínuo, o consumo de calcário agrícola no Brasil poderá fechar 2024 com recuo sobre 2023, quando foi registrado um volume recorde de 61,8 milhões de toneladas consumidas no país. “Em um cenário de queda de demanda e de valores, a eficiência na produção torna-se fundamental para o negócio”, diz Ivan Pereira, presidente da Minerion, desenvolvedora de software de gestão específico para a atividade da mineração. “A queda de volume de produção afeta diretamente a rentabilidade das mineradoras, especialmente as que não fazem uma boa gestão de sua produção”, avalia ele.
O Encontro Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola (Enacal) irá debater este e outros temas em Curitiba nos dias 27, 28 e 29 de novembro. “Esse é o principal evento da indústria de calcário agrícola e é o palco ideal para o setor refletir sobre seu futuro”, avalia o presidente da Minerion. Pereira acompanha de perto esse mercado: entre os mais de 300 clientes da empresa no Brasil incluem-se mineradoras que respondem por 56% da produção do calcário agrícola no país (em 2024, a empresa fechou contratos com mais seis mineradoras do setor).
Segundo Pereira, os custos por hora de uso de equipamentos, de combustível, custo por tonelada por processo de produção e custo de mão-de-obra estão entre os indicadores que mais afetam a eficiência e que impactam diretamente a rentabilidade. “Há mineradoras que não conseguem calcular corretamente seu custo de produção ou medir sua competitividade porque não estão acostumadas a gerenciar nesse nível de detalhe ou não possuem ferramentas de apuração e análise”, avalia Pereira. “A eficiência no processo de expedição do calcário na porta da mineradora é hoje um diferencial competitivo”, exemplifica ele. “Se o motorista tem de esperar duas horas para carregar e sair com a nota fiscal emitida em uma mina, ou esperar menos de 20 minutos em outra, ele vai escolher a mais rápida porque isso também é mais negócio para ele”, relata Pereira.
A gestão que engloba todos os processos da mineração é uma característica do software Minerion. Ele vem sendo desenvolvido e aperfeiçoado para o setor há 27 anos. O sistema é uma solução completa e permite o controle integrado da atividade em todas as suas frentes, explica Pereira. “A mineração precisa administrar com segurança tanto flutuações de mercado quanto às demandas por maior sustentabilidade”, aponta o presidente da Minerion.