BAHIA

CBPM cria base de dados de minérios

04/05/2021

 

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) lançou infográfico interativo com o título “Bahia, terra de minérios” com o objetivo de responder Quantos municípios têm produção mineral na Bahia? Quais os minérios mais produzidos? E Quanto é arrecadado em CFEM?

O infográfico analisa uma base de dados com mais de 1,2 milhão de declarações de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), cedida pela Agência Nacional de Mineração (ANM), para mostrar o que é produzido em bens minerais em cada um dos municípios baianos, desde 2016 até hoje. Os interessados em conferir podem acessar o site www.cbpm.ba.gov.br e clicar no banner em destaque. “Metade dos municípios baianos têm algum tipo de produção mineral. Com esta ferramenta que estamos lançando, prefeituras, entidades da sociedade civil e qualquer pessoa interessada poderão acompanhar a produção, seja de toda a Bahia, do seu município ou das empresas, de maneira fácil e rápida. É uma ferramenta que não só mostra a força da nossa mineração como traz mais transparência à produção mineral no estado”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM.

A ferramenta possui filtro por município e possibilita que o visitante selecione substâncias e os anos. Entre as análises possíveis está a do minério de ferro, que tem sido considerado o próximo grande salto na mineração baiana. O mineral passou a ser produzido na Bahia em 2018 pela Brazil Iron em Piatã, quando foram registrados R$ 68 mil em CFEM. Em 2020, já com a adição da Bamin, que atua em Caetité, foram R$ 710 mil. E em 2021, até março, já foram contabilizados R$ 1,1 milhão, apenas pela Bamin. “Com a conclusão da primeira etapa da FIOL, vamos ver esses números saltarem de um para mais de 500 milhões só com a produção prevista para a Bamin. E, além dela, nossos estudos apontam para a possibilidade de instalação de mais quatro ou cinco empresas para a produção de minério na região de Caetité”, aponta Tramm.

A análise de grandes volumes de dados para auxiliar na tomada de decisões e previsão de cenários futuros é uma das tendências empresariais em ascensão no momento. No caso do infográfico desenvolvido pela CBPM, a base de dados possui mais de 1,2 milhão de registros. Para realizar o estudo, a ANM utilizou um sistema desenvolvido que converte e transfere a base disponibilizada pela agência para o sistema de computação nas nuvens BigQuery, do Google. A atualização dos dados é feita toda segunda-feira.

Para o futuro, a CBPM planeja integrar outras origens de dados para apresentar um panorama mais completo da presença do setor no estado, como ICMS e destino dos minérios exportados.