NIÓBIO

CBMM participa de projeto da Niobium e-Bike

09/11/2017

 

Empresa de tecnologia fundada pelo piloto Lucas di Grassi, a EDG apresentou ao mercado brasileiro a primeira bicicleta elétrica urbana 100% projetada, desenvolvida e fabricada no Brasil. A Niobium e-Bike é capaz de rodar 100 km sem precisar de recarga. Para aumentar sua autonomia, durabilidade, resistência e eficiência, o quadro da bike é feito em nióbio, fruto da parceria com a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), que fornece o material, muito usado na indústria de alta tecnologia – como em aparelhos de ressonância magnética e até mesmo na propulsão de foguetes. 
 
Outro fator determinante da primeira bicicleta elétrica brasileira é sua bateria de íons de lítio, mesmo material usado nos veículos de alta tecnologia, como a bateria usada na Fórmula E, categoria de carros elétricos do automobilismo. A peça fica alojada no interior do quadro de nióbio, o que distribui a massa do conjunto, que no total pesa apenas 15 quilos. Com porta USB-C, seu tempo de recarga é de 25 km de autonomia por 1 hora de carga. 
 
A EDG já possui tecnologia para uma recarga de seis minutos para 100 km. Além disso, a EDG Niobium e-Bike conta com sistema de recuperação energética, como acontece nos carros da Fórmula E e da Fórmula 1: a energia das frenagens é transformada em eletricidade que retorna à bateria. “Desenvolvemos o produto baseado nas expectativas e nas necessidades do usuário moderno. Conectividade, confiabilidade, resistência, autonomia, baixo custo por quilômetro rodado, e eficiência”, ressalta Di Grassi. 
 
Além da CBMM, a EDG contou com a parceria da Electric Dreams, empresa baseada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) para desenvolver a Niobium e-Bike. 
 
Para explicar a opção pelo projeto da e-Bike, Di Grassi explica que o veículo elétrico ainda é uma realidade muito distante no Brasil em virtude da ausência de infraestrutura para recarga. “Por isso, o primeiro meio possível de transporte movido a eletricidade, com capacidade de adesão em massa, na visão geral de transformar a mobilidade urbana brasileira, tem de ser a bicicleta, que tem o menor custo por quilômetro rodado, o que é 167 vezes mais eficiente do que um automóvel leve”, afirma Di Grassi.