NIÓBIO

CBMM investiu R$ 3 bi em Araxá

08/03/2021

 

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) registrou Ebitda de R$ 5,1 bilhões em 2020, uma queda de 3,5% em relação ao ano anterior. O lucro líquido somou R$ 2,5 bilhões, enquanto a receita líquida atingiu R$ 6,98 bilhões, uma queda de 19% com relação ao ano anterior, puxada por uma mudança no mix de produtos comercializado e pelos impactos da pandemia em setores relevantes como o automotivo, estrutural e aplicações especiais.

A CBMM investiu um total de R$ 3 bilhões na nova área fabril para concluir o projeto de expansão de sua planta industrial em Araxá (MG), com previsão de inauguração no primeiro quadrimestre deste ano. Com isso, a companhia terá capacidade para produzir, anualmente, 150 mil toneladas de produtos de nióbio. A venda total de produtos de Nióbio (incluindo ferronióbio e produtos especiais) caiu 20%, em linha com a redução do mercado, totalizando 72 mil toneladas. A China manteve-se como principal mercado da companhia, com 44% do volume de vendas de ferronióbio, seguida dos demais países asiáticos (como Japão, Coreia do Sul e Índia), que representaram uma fatia de 19%. A Europa absorveu 17% das vendas da empresa, enquanto as Américas, principalmente EUA e Brasil, somaram 13%.

Para 2021, a CBMM prevê retornar aos patamares de 2019 no que diz respeito ao volume de vendas. Além disso, a companhia continuará a investir em seu Programa de Tecnologia, na ordem de R$ 200 milhões por ano, destinando R$ 60 milhões ao seu Programa de Baterias, um montante cerca de 60% superior ao aportado em 2020. Com estratégia direcionada a novos negócios que apresentem sinergia com o nióbio, a empresa avalia a aquisição de startups internacionais que possam acelerar ainda mais seus desenvolvimentos na frente de baterias elétricas. Há perspectiva de que os mercados não tradicionais, fora da siderurgia, representem 35% da receita da CBMM até 2030, sendo 25% referentes às baterias.