AÇO

Associações contra mais barreiras tarifárias

26/11/2015

 

Dez entidades de classe, que representam setores de  transformação de aços, manifestaram-se veementemente contra a tentativa do setor siderúrgico brasileiro de impor aumento de barreiras tarifárias à importação de aço. O protesto reuniu entidades como Abimaq, Eletros, Abinee, Abipeças, CBIC, Simefre, Abifer, ABFA, Abcem e Sicetel.

Os dirigentes dessas entidades consideram que uma elevação de tarifas - de 50% sobre as atuais alíquotas - sobre o aço importado é inaceitável. "Para atender a um setor que reúne onze empresas, formam um oligopólio, faturam R$ 30 bilhões por ano e empregam 120 mil trabalhadores, o governo vai provocar a quebra do nosso setor, que fatura R$ 700 bilhões por ano e gera 4 milhões de empregos diretos", afirmou Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da Abimaq. 
A reação das indústrias foi provocada pela notícia de que o governo estaria sendo pressionado pelo setor siderúrgico brasileiro para aumentar as tarifas de importação. O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, argumenta que o setor está sendo bombardeado por importações, favorecidas pelo excedente de capacidade produtiva de 700 milhões de toneladas no mundo.

As entidades, pelo seu lado, consideram que esse protecionismo vai provocar a desindustrialização do País. "O que nós queremos é abertura e isonomia, inclusive para nossos produtos", garante Pastoriza. Paulo Autuori, presidente da Abipeças, reforça: "O Brasil é o único país do mundo onde o imposto de importação é maior do que o imposto do produto final. Isso é um disparate".