OURO

Amarillo define cronograma para Mara Rosa

21/08/2019

 

Até outubro de 2019, a Amarillo Gold deve ingressar com o pedido de Licença de Instalação do seu projeto de ouro Mara Rosa, em Goiás, e a expectativa é iniciar a construção em julho de 2020, de forma que já em 2021 o empreendimento possa começar a produzir. É o que afirma o CEO da empresa, Mike Mutchler, que assumiu o comando da Amarillo em janeiro de 2018 e que esteve em visita ao Brasil recentemente. Desde 2016 a empresa já possui a Licença Prévia, precedida de audiência pública onde o empreendimento obteve ampla aprovação por parte da população.


Mutchler informa que a empresa deu início, em janeiro deste ano, ao Estudo de Viabilidade definitivo e que os dados até agora analisados no estudo de pré-viabilidade confirmam a grande atratividade do projeto. As reservas somam 1,6 milhão de onças, considerando-se minério com teor de 1,2 gramas por tonelada, mas podem ser ampliadas, já que abrangem apenas um trend de 8 km em 2 mil hectares de concessões. O estudo de pré-viabilidade, concluído em setembro de 2018, com base no preço do ouro a US$ 1.300/onça e considerando a lavra de 1,1 milhão de toneladas de minério, a um custo AISC de US$ 655/onça e custo operacional de US$ 545/onça, prevê que o investimento em capex, de US$ 123 milhões, retornará em um ano. Os gastos com sustaining previstos somam US$ 17 milhões. A produção anual prevista é de 140 mil onças nos primeiros quatro anos e de 123 mil onças nos anos seguintes, sendo que a vida útil está estimada em oito anos, embora a empresa acredite que a operação possa ir mais além, tendo em vista o grande potencial da região, onde a Amarillo possui 65 mil hectares de concessões.


Outro ponto de atratividade do empreendimento, de acordo com o CEO, é a valorização do dólar em relação ao real, já que a empresa terá suas receitas em moeda norte-americana, enquanto os custos de investimento e operacionais serão calculados em reais. Dos US$ 123 milhões de capex, o maior valor será destinado à Planta, Equipamentos e Utilidades, para os quais estarão destinados US$ 84 milhões. A previsão é que as operações de lavra sejam terceirizadas. Outros US$ 11 milhões irão para infraestrutura e edificações. Inicialmente estava prevista a instalação de uma barragem de rejeitos, mas em função dos problemas causados por outras barragens e da repercussão negativa que esse tipo de instalação passou a ter junto à população e aos órgãos governamentais de controle, Mike Mitchler afirma que a Amarillo decidiu partir para o processamento e disposição dos rejeitos a seco, o que, embora deva onerar o investimento em mais US$ 10 milhões, aproximadamente, dá mais tranquilidade.

Recursos financeiros

No início de agosto, a Amarillo Gold anunciou que fez um acordo com a Mackie Research Capital Corporation em que esta se compromete a fazer aquisição de um lote de ações no valor de US$ 5 milhões, ao preço de US$ 0.20 por ação. Depois, o acordo foi revisado e o valor da aquisição passará a ser de US$ 10 milhões, a se confirmar até o dia 29 de agosto. Com esses recursos, segundo Mutchler, a Amarillo pretende dar prosseguimento a trabalhos de exploração mineral, tanto na região de Mara Rosa quanto em outro projeto que a empresa possui no Rio Grande do Sul, no município de Lavras do Sul, além de bancar outros itens visando à implantação de Mara Rosa, como o estudo de viabilidade e o licenciamento.