CAMINHÕES

Volvo investe em modelo autônomo

19/06/2019

 

A Volvo Trucks está se preparando para trazer ao mercado brasileiro um caminhão com tecnologia autônoma para uso em atividades de mineração, segundo o diretor Comercial da empresa, Alcides Cavalcanti, que apresentou recentemente a clientes e imprensa o primeiro caminhão com esse tipo de tecnologia desenvolvido no Brasil, para uso na indústria canavieira.

A solução agora apresentada ao mercado foi desenvolvida por especialistas da Volvo no País, que partiram de tecnologias já disponíveis globalmente no grupo e visa eliminar a perda de produtividade provocada pelo pisoteamento de brotos de cana pelo caminhão durante a etapa de colheita. Este problema, segundo a Volvo, gera prejuízos de aproximadamente 12% na produção anual de cana-de-açúcar. Só o uso do caminhão autônomo já permite uma redução de 4% dessas perdas. Sete unidades do novo modelo já foram adquiridos por um dos maiores produtores brasileiros de cana-de-açúcar.

Fora do Brasil, a Volvo já possui protótipos de caminhões autônomos em uso na mineração, mais especificamente em uma pedreira na Noruega, os quais têm registrado “excelentes resultados”. No mercado brasileiro o caminhão poderia ser usado em atividades onde há mais risco para os operadores.

A Volvo está otimista com o desempenho do mercado de caminhões, principalmente os vocacionais, que tem apresentado boas taxas de crescimento. Os caminhões pesados e semi-pesados (acima de 16 toneladas), por exemplo, tiveram um crescimento acima de 60% em 2018, conforme Alcides Cavalcanti, acrescentando que a Volvo tem ampliado seu market-share, detendo 60% do mercado de caminhões rodoviários, 13% dos chamados vocacionais (voltados para os setores de florestal, canavieiro, de construção e mineração). Especificamente no segmento de mineração, a Volvo detém 9% do mercado.  

Programa de manutenção ouro

A Volvo também está reforçando os serviços aos usuários de seus caminhões, através da ampliação do programa de manutenção ouro para aplicações vocacionais, que prevê uma customização de cada cliente, segundo Carlos Banzzatto, gerente de Pós-venda da Volvo no Brasil. “As operações vocacionais são geralmente mais severas e fechadas, muitas vezes rodando 24 horas por dia, sete dias por semanas e exigem um planejamento mais refinado das manutenções e das paradas para reparos, para garantir maior disponibilidade”, diz o gerente.

Ele acrescenta que a Volvo também pode implementar uma estrutura física de atendimento dentro da operação do cliente, com serviços de mão de obra, estoque e gestão de peças, boxes e valas para manutenção. Outro serviço são as oficinas volantes das concessionárias, instaladas em um caminhão baú com um mecânico treinado pela fábrica e equipado com ferramental típico de uma oficina tradicional.