CIMENTO

Vendas caem 2,5% em julho

16/08/2018

 

Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em julho, 2,5% inferior ao mesmo de 2017. No acumulado nos sete primeiros meses do ano, as vendas alcançaram 30 milhões de toneladas, um decréscimo de 1,7% na comparação ao mesmo período do último ano. Em 12 meses, as vendas totalizaram 52,8 milhões de toneladas, queda de 2,4% em relação aos 12 meses anteriores (agosto/16 a julho/17).
 
O consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 30,1 milhões de toneladas até julho, com retração de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o acumulado nos últimos 12 meses (agosto/17 a julho/18), houve uma queda de 2,6% no consumo aparente sobre igual período anterior (agosto/16 a julho/17).
 
“O setor projetava fechar 2018 com crescimento do consumo de cimento entre 1% e 2%, mas os resultados acumulados até agora reverteram essa tendência”, disse o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna. De acordo com as novas projeções do SNIC, a indústria do cimento deve registrar uma queda entre 1% e 2% em 2018, o que representa uma sequência de quatro anos consecutivos de queda. “Iniciamos o ano com relativo otimismo: perspectiva de uma recuperação cíclica, aumento do emprego, juros em queda, inflação sob controle e impulso significativo do setor externo, mas o desempenho de indicadores da atividade econômica do País até maio revelou que o ritmo da recuperação seguia em nível inferior ao esperado”, lembrou Paulo Camillo. 
 
A greve dos caminhoneiros e as incertezas do cenário político reduziram ainda mais a atividade econômica, afetando diretamente a indústria do cimento. Segundo Paulo Camillo, esses resultados vêm aumentando a ociosidade da indústria, já próxima a 50%. Além disso, há a questão do impacto do frete no custo do cimento - que antes do tabelamento respondia por 28% da receita líquida do insumo – e a aplicação da atual tabela em vigor, que significou um reajuste de 114% no custo do frete.