LOGÍSTICA

Vale retoma as atividades no Porto de Tubarão

27/01/2016

 

A Vale obteve decisão favorável do Tribunal Regional Federal (TRF) e conseguiu retomar o reestabelecimento imediato das atividades do Píer II e do Terminal de Praia Mole (TPM). Os terminais, que fazem parte do Complexo Portuário de Tubarão, tiveram as suas atividades suspensas na manhã da última quinta-feira, dia 21 de janeiro.

Na ocasião a Justiça Federal determinou que a Vale suspendesse a operação no Porto de Tubarão – responsável pelos embarques de mais de 30% da mineradora – por problemas ambientais. A Justiça proibiu que a Vale operasse nos píeres Pier II –minério de ferro e Píer de Carvão – Praia Mole para evitar a emissão de poeira de carvão no ar e de pó de minério no mar. A decisão judicial atingiu também as atividades da ArcelorMittal Brasil no Porto de Tubarão. A siderúrgica não quis comentar o assunto.

Em nota, a Vale informa que investe continuamente em seus sistemas de controle ambiental e que, entre 2007 e 2014, como parte do Termo de Compromisso Ambiental (TCA) assinado com o Iema, o Ministério Público e a Associação de Moradores da Grande Vitória, a empresa investiu R$ 800 milhões para equipar todo o sistema produtivo do Complexo de Tubarão - desde a chegada do minério ate o embarque nos navios - com as mais modernas tecnologias de controle ambiental. Até 2020, a Vale comunica que terá investido cerca de R$ 1 bilhão em medidas de controle ambiental em Tubarão.

Em 2015 a mineradora concluiu projeto que previa o aumento da dosagem de supressor de pó no manuseio de pelotas em todas as usinas, de 200 gramas para 500 gramas de glicerina por tonelada de pelota produzida, o que aumenta a eficiência do produto. A mineradora afirma ainda que realizou melhorias no sistema elétrico dos precipitadores eletrostáticos que possibilitaram uma redução de cerca de 25% na emissão das chaminés das usinas de pelotização em relação a 2014. A Vale implementará até 2020 novas câmeras de monitoramento no Centro de Controle Ambiental e testes com novos polímeros, fazem parte do plano de investimentos anunciado pela empresa no ano passado. No comunicado, a Vale disse que “adotará todas medidas judiciais cabíveis com o objetivo de restabelecer as atividades no Porto de Tubarão”.