CARBONATO DE CÁLCIO

Sibelco inaugura nova fábrica no Brasil

23/11/2016

 

Em cerimônia que contou com a participação de membros do seu board mundial, autoridades, clientes e fornecedores, a Sibelco anunciou a entrada em operação de sua nova unidade para produção de slurry de carbonato de cálcio e carbonato de cálcio ultrafino, localizada na cidade de Jarinu, interior de São Paulo.

De acordo com o CEO mundial da Sibelco, Jean-Luc Deleersnyder, apesar do momento de baixa do mercado brasileiro a empresa decidiu investir em seu crescimento no País e a nova unidade reflete “nossa visão de futuro”. Ele lembrou que o Brasil abrigou, na cidade catarinense de Jaguaruna, a primeira unidade produtiva da Sibelco na América do Sul, onde atualmente a empresa possui 20 plantas em operação. Além do Brasil, atualmente a Sibelco tem novas unidades planejadas no Chile e Argentina. 

O empreendimento de Jarinu, para cuja implantação a Sibelco contou com o apoio da Investe São Paulo, demandou um investimento de R$ 160 milhões e permitirá que a empresa consolide sua posição como líder no mercado de slurry de carbonato de cálcio no Brasil, além de contribuir para reduzir as importações. O slurry de carbonato de cálcio é utilizado no processo produtivo de tintas.

De acordo com Edson Teixeira, gerente de Marketing para a América do Sul, dentre os fabricantes de tintas que utilizam o slurry em seu processo cerca de 90% já integram a carteira de clientes da Sibelco e respondem por aproximadamente 65% do mercado nacional. Ele acrescenta que a nova planta está estrategicamente localizada, uma vez que se encontra próxima aos grandes fabricantes de tintas e às principais rodovias do País.

A capacidade de produção da fábrica será de 160 mil toneladas/ano de slurry (na primeira fase) e 35 mil toneladas/ano de carbonato de cálcio ultrafino (na fase 2).

Ocupando uma área total de 255 mil metros quadrados e contando com 7,3 mil metros quadrados de área construída, a unidade de Jarinu é a terceira fábrica da Sibelco no País e considerada uma das mais modernas do grupo e uma referência mundial em qualidade e sustentabilidade. “Com o emprego de equipamentos que são o estado da arte da tecnologia, conferimos homogeneidade, eficiência e flexibilidade ao nosso processo produtivo. Esta planta nos possibilitará aumentar em 50% a nossa capacidade de produção em relação às plantas de Mogi das Cruzes e Salto e ampliar nossa participação de mercado através de uma produção sob medida para atender a um grupo de clientes que necessita de nossos produtos, mas em quantidades menores em comparação às demandadas pelos grandes players nacionais”, afirmou Leonardo Alves, diretor de Estratégia da Sibelco América do Sul.

Na unidade são realizadas operações de moagem, secagem e preparação da base mineral líquida (slurry) para a indústria de tintas. Além de ter o seu controle totalmente automatizado – o que permite que apenas 54 pessoas sejam responsáveis por toda a operação – a fábrica tem uma inovação importante, que é o Inline Mixer, equipamento que permite produzir formulações com até 12 matérias primas diferentes, o que lhe dá a condição de realizar fornecimentos Taylor Made, ou seja, de acordo com as necessidades de cada cliente, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade. Portanto, caracteriza uma evolução no processo produtivo. “Tendo a base do mineral já pronta nos tanques de alimentação, digita-se o tipo de formulação desejada e o sistema proporciona essa mistura. É um sistema extremamente flexível”, Diz Edson Teixeira.

No futuro próximo, a unidade também deve atender a outros segmentos do mercado, como o de Plásticos, com o carbonato de cálcio seco ultrafino, o que deve acontecer a partir de meados do próximo ano. E uma terceira fase -- que ainda está em estudos -- é a produção de carbonato precipitado, provavelmente a partir do final de 2018 ou início de 2019. Atualmente a empresa produz o PCC em uma unidade localizada em Pedra do Indaiá (MG).

Matérias primas

As matérias primas minerais para suprimento da fábrica têm fonte local e importada, produzidas pela própria Sibelco -- que possui uma divisão multiminerals, a qual extrai minerais não-metálicos utilizados em diversos segmentos -- ou por parceiros. A principal matéria prima utilizada em Jarinu é o carbonato de cálcio, que provém da EDK Mineração, empresa na qual a Sibelco tem participação e que lavra jazidas em Cachoeiro de Itapemirim (ES), onde estão as maiores jazidas de carbonato de cálcio no País.

Sobre a Sibelco

Fundada em 1872, na Bélgica, a Sibelco (Sílica Belgium Company) tem posição de liderança global no setor de multimineração e processamento de vários minerais industriais não-metálicos. Atualmente a empresa está presente em 43 países e possui 214 centros de produção, além de 26 centros técnicos de pesquisa (Jarinu abrigará um destes centros) e conta com 10.630 colaboradores. O faturamento global do grupo, em 2015, foi de 3,1 bilhões de euros.

Na América do Sul a empresa está presente com operações no Brasll, Argentina, Chile e Colômbia, produzindo e comercializando sílica para a indústria de vidro, cerâmica e fundição, além de cal para metalurgia, mineração e construção civil e carbonato de cálcio para os mercados de tintas, alimentos e higiene pessoal. No Brasil a Sibelco conta com 13 unidades, incluindo entre fábricas e minas. O País contribui com 30% das receitas obtidas pelo grupo na América Latina.