Rumos da mineração brasileira em 2022

08/03/2022
Artigo por Gilberto Calaes

Para caracterizar os Rumos da Mineração Brasileira em 2022, é importante ressaltar as percepções estratégicas dos atores públicos e privados atuantes no setor, particularmente no que se refere aos desafios de ordem global e nacional a serem superados. Dentre as percepções de maior relevo sobressaem a melhor compreensão dos fatores que condicionam o ambiente de negócios do setor, tais como os aspectos geopolíticos, a intensificação dos ciclos de mudanças tecnológicas e a progressiva conscientização quanto às questões ambientais e de responsabilidade social que norteiam o relacionamento do setor com a sociedade.

O monitoramento de tais fatores vem requerendo a adoção de processos de planejamento cada vez mais suportados por uma visão holística e de longo prazo, buscando sempre entender a atividade mineral como uma cadeia integrada de suprimento de produtos essenciais para a sobrevivência e o bem estar da humanidade. 

No âmbito da economia mundial, é importante ressaltar as profundas e recentes alterações que se delineiam sobre o sistema tripolar que se afirmava até poucos anos atrás, passando pelas súbitas alterações da era Trump, que - ao condenar os entendimentos multilaterais e o acordo de Paris - delineou uma perspectiva de que o mundo poderia passar a evoluir em um sistema polipolar. Entretanto, Biden reposiciona o panorama global em uma tendência tripolar, ao retomar o multilateralismo e os entendimentos em prol do desenvolvimento sustentável.

Neste contexto, o atual conflito Rússia/ OTAN/ Ucrânia introduz sérias incertezas no panorama global, e no ambiente de negócios da mineração mundial, com ênfase em profunda tensão geopolítica associada à questão energética, com consequências de larga repercussão, tais como elevação de preços de petróleo e gás, aceleração da retirada de estímulos monetários pelos EUA e Europa ocidental, fuga de ativos de risco, aceleração da inflação e alta dos juros internacionais, além de desequilíbrios e estrangulamentos nas cadeias globais de suprimento.

Leia o artigo completo na edição 417 de Brasil Mineral