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Ricardo Barros cria empresa para extração no Pará

20/06/2022
O deputado federal abriu, em agosto de 2020, a RC6 Mineração, empresa para extração de manganês no estado do Pará. 

 

Autor do requerimento que aprovou a urgência do Projeto de Lei nº 191/22, que libera a mineração em terras indígenas, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) abriu, em agosto de 2020, a RC6 Mineração, empresa para extração de manganês no estado do Pará. 

Com sede no Paraná, a empresa está inscrita na Receita Federal com foco na fabricação e envase de água mineral, o que não credencia a RC6 Mineração a realizar extração e exportação de minério. Em março de 2022, a empresa passou a compor o quadro societário da Sulpar Mineração, empresa fundada em 31 de março, com sede no município de Marabá (PA). O município paraense é conhecido pela extração ilegal de manganês, além do desmatamento, do garimpo e da grilagem. 

A Sulpar tem como sócios o empresário Giovanni Ribeiro Amorim, dono de mineradoras no Pará e em Minas Gerais, e que atua na exportação de manganês ao exterior. No momento, a Sulpar não tem solicitação para liberação de lavras e licenças junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). O novo parceiro comercial de Ricardo Barros no ramo da mineração, Giovanni Ribeiro Amorim, é o único proprietário da GR Amorin Minerais. A empresa declarou capital social de R$ 1,5 milhão e tem como atividade principal o apoio à extração de minerais metálicos não-ferrosos. 

Há 12 requerimentos de mineração feitos pela GR Amorin Minerais à ANM entre 2018 e 2021, sendo que todas as solicitações são para explorar o subsolo de áreas próximas de Terras Indígenas (TIs). Parte destas comunidades ainda se recupera do impacto de grandes projetos de infraestrutura, como as usinas de Belo Monte e Tucuruí. Os projetos de mineração de Amorim estão nos municípios de Marabá, São Félix do Xingu, Novo Repartimento e Rio Bonito. As 12 requisições estão ativas e dez delas estão em tramitação avançada, com autorização de pesquisa já outorgada pela ANM. Os pedidos são para extração de manganês, ouro, cobre e ferro que somam, no total, 444,5 km², o equivalente a mais de cinco vezes a área da mina de Carajás, da Vale. (Brasil de Fato)