AÇO

Produção e consumo têm queda na AL

02/02/2017

 

A desaceleração econômica verificada no mundo afetou negativamente a performance do setor de aços laminados na América Latina de janeiro a novembro de 2016. Em comparação ao mesmo período de 2015, a produção caiu 5% e o consumo foi 8% menor. Em valores totais, foram produzidos de janeiro a novembro do ano passado 54,2 milhões de toneladas de aço bruto na América Latina e Caribe – deste volume, o Brasil, que é o principal produtor, com 55% do total regional (28,1 milhões de toneladas), apresentou retração de 9%.

No mesmo período, o relatório divulgado pela Alacero (Asociacón Latinoamericana del Acero) destaca a produção de 46,7 milhões de aço laminado (sendo a produção brasileira correspondente a 42% do total latino-americano, ou 19,5 MT) e um consumo aparente de 56,8 milhões de toneladas. os principais países que aumentaram o consumo foram: Bolívia (104% - com 549 mil toneladas adicionais), México (3% ou 537 mil toneladas a mais) e Peru (6% ou 153 mil toneladas). Já o Brasil registrou queda de 13% no consumo, o que equivale a 2,5 milhões de toneladas.

Nos primeiros onze meses de 2016, a América Latina importou 18,6 MT de aço laminado, 13% menos do importado em janeiro-novembro 2015 (21,4 MT). Desse total, 64% foram produtos planos (11,8 MT), 34% produtos longos (6,3 MT) e 2% foram tubos sem costura (428 mil toneladas). Atualmente, as importações de laminados representam 33% do consumo da região, “o que traz desincentivos para a indústria local, atritos comerciais e ameaça os empregos”, diz a Alacero.

As exportações latino-americanas de aço atingiram 8,0 MT, mesmo nível que janeiro-novembro de 2015 (8,0 MT). Desse total, 49% foram produtos planos (3,9 MT), 41% produtos longos (3,3 MT) e 10% foram tubos sem costura (793 mil toneladas). Durante janeiro-novembro, a região registou um déficit comercial de 10,6 MT de aço laminado. Este desequilíbrio é 21% menor ao observado em janeiro-novembro de 2015 (13,5 MT). Nesse período, Brasil é o único país que manteve um superávit no comércio de aço laminado, 3,1 MT, enquanto o maior déficit foi registrado no México (-4,2 MT). Depois foram Colômbia (-2,1 MT), Chile (-1,4 Mt) e Peru (-1,4 Mt).