SIDERURGIA

Produção de aço e laminados cresce na AL

01/02/2018

 

A Associação Latino-Americana de Aço (Alacero) divulgou que a produção de aço bruto na região atingiu 58,8 milhões de toneladas entre janeiro e novembro de 2017, ou 7% a mais que no mesmo período do exercício anterior. O Brasil é o principal produtor de aço bruto na América Latina e Caribe, com participação de 54% em toda a produção (31,5 milhões de toneladas), 9% superior ao mesmo período de 2016. A produção de aço laminado alcançou 48,6 milhões de toneladas nos onze primeiros meses de 2017, um crescimento de 3% na comparação com o período entre janeiro e novembro de 2016. Os principais produtores são Brasil, com 20,7 milhões (43% do total latino-americano), e México, com 17,2 milhões, ou com 35%.

O consumo de aço laminado na região somou 60,7 milhões de toneladas até novembro de 2017, um incremento de 4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os principais países que aumentaram seu consumo, tanto em termos absolutos como percentuais, foram: México (1,0 milhão de toneladas adicionais e crescendo 4%), Brasil (800 mil toneladas adicionais e crescendo 5%), Argentina (209 mil toneladas e crescendo 5%), Equador (183 mil toneladas e crescendo 13%), República Dominicana (37 mil toneladas adicionais e crescendo 9%), Chile (35 mil toneladas adicionais e crescendo 1%), Paraguai (25 mil toneladas e crescendo 9%) e Colômbia (20 mil toneladas e crescendo 1%). Em contrapartida Venezuela, Bolívia e Panamá registraram quedas de 17%, 15%, e 11%, respectivamente. Do total latino-americano, 57% corresponde a produtos planos (34,6 Mt), 41% a produtos longos (24,9 Mt) e 2% a tubos sem costura (1,2 Mt).

A América Latina e Caribe importou 19,2 milhões de toneladas de aço laminado entre janeiro e novembro de 2017, 6% a mais que o volume importado no mesmo período de 2016, dos quais 70% correspondem a produtos planos (13,5 Mt), 27% a produtos longos (5,2 Mt) e 3% a tubos sem costura (514 mil tons). As importações de laminados respondem por 32% do consumo da região atualmente, o que gera desestímulos para a indústria local, atritos comerciais e põe em risco fontes de trabalho. As vendas externas alcançaram 8,8 milhões de toneladas até novembro de 2017, um aumento de 11%. Do total, 50% corresponde a produtos planos (4,4 Mt), 41% a produtos longos (3,6 Mt) e 9% a tubos sem costura (805 mil tons). Com isto, a balança comercial do setor fechou com déficit de 10,4 milhões de toneladas, um aumento de 3% sobre janeiro/novembro de 2016. Brasil e Argentina são os únicos países que mantêm um superávit em seu comercio de aço laminado, 3,0 Mt e 110 mil tons, respectivamente. O maior déficit foi registrado no México (-4,9 Mt), seguido por Colômbia (-2,1 Mt), Chile (-1,5 Mt), e Perú (-1,3 Mt).

A produção de aço bruto em dezembro atingiu 5,4 milhões de toneladas, 1% inferior a novembro de 2017, mas 15% superior ao mesmo mês de 2016, segundo dados preliminares da Alacero. No acumulado de 2017, a produção atingiu 64,1 milhões de toneladas, 7% mais que em jan-dez 2016. A produção de laminados fechou em 4,5 milhões de toneladas, mesmo valor que em novembro 2017 e 20% mais que novembro 2016. De forma acumulada, entre jan-dez 2017, a produção de laminado atingiu 53,1 milhões de toneladas, 5% mais que o período anterior.