PETROBRAS

Prejuízo de quase R$ 35 bilhões em 2015

23/03/2016

 

A Petrobras registrou prejuízo líquido de R$ 34,8 bilhões em 2015, em razão do impairment de ativos e investimentos, principalmente em função do declínio dos preços do petróleo e incremento nas taxas de desconto (R$ 49,7 bilhões), além da perda cambial e despesas de juros (R$ 32,9 bilhões). O prejuízo operacional da estatal ficou em R$ 12,4 bilhões, uma redução de 42% na comparação com o balanço de 2014.

O Ebitda da Petrobras alcançou R$ 73,9 bilhões em 2015, incremento de 25% em relação ano anterior. O resultado é explicado pelos maiores preços de diesel e gasolina e redução dos gastos com participações governamentais e importações de petróleo e derivados. O fluxo de caixa da Companhia chegou aos R$ 15,6 bilhões em 2015, ante o resultado negativo de R$ 19,6 bilhões em 2014, favorecendo a redução em 5% do endividamento líquido, em dólares. Desde 2007, não se registrava fluxo de caixa livre positivo. Em 2015 a Petrobras investiu R$ 76,3 bilhões, 12% a menos que em 2014. Em dólares, os aportes alcançaram US$ 23,1 bilhões, uma redução de 38%. O segmento de Exploração e Produção recebeu 83% dos recursos.

No último ano a Petrobras obteve crescimento de 4% em sua produção de petróleo e gás natural – Brasil e exterior – e atingiu uma média de 2,787 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A produção de petróleo no Brasil superou a meta do Plano de Negócios e Gestão, alcançando 2,128 milhões bpd. Na camada Pré-Sal, a produção operada pela Petrobras se manteve acima de 1 milhão de boed desde julho de 2015.

As exportações de petróleo subiram 55%, proporcionando uma melhoria na balança comercial da Petrobras, que alcançou superávit no 4º trimestre de 2015 (+167 mil bpd). Na área de refino a empresa registrou crescimento do percentual de diesel na produção total de derivados, com maior participação de óleo nacional na carga processada. A produção total de derivados (Brasil e exterior) foi de 2,175 milhões bpd, 7% inferior a 2014, devido, principalmente, às paradas para manutenção na RLAM e na REDUC.