VALE

Perda de US$ 12 bilhões em receita bruta

02/03/2016

 

A Vale obteve receita bruta de US$ 26,047 bilhões em 2015, uma redução de US$ 12,189 bilhões em comparação com 2014, em função de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões), níquel (US$ 1,394 bilhões) e outros. A produção de minério de ferro atingiu 345,9 milhões de toneladas, das quais 129,6 milhões de toneladas em Carajás. As produções de níquel e cobre somaram 291 mil toneladas e 423,8 mil toneladas, respectivamente. A receita bruta trimestral totalizou US$ 5,986 bilhões no 4T15, uma redução de US$ 632 milhões em relação ao 3T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 739 milhões), níquel (US$ 112 milhões) e outros, parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões).

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 18,846 bilhões em 2015, US$ 5,908 bilhões a menos em relação a 2014. Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, somaram US$ 4,595 bilhões no 4T15, praticamente em linha com os US$ 4,649 bilhões registrados no 3T15. Os custos foram elevados em US$ 65 milhões (2%), principalmente devido ao aumento de volumes de vendas dos segmentos de negócios de Ferrosos e Metais Básicos. SG&A e outras despesas reduziram-se em US$ 105 milhões (63%), principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos registrados no 4T15. P&D reduziu-se em US$ 2 milhões (2%) e as despesas pré-operacionais e de parada foram reduzidas em US$ 12 milhões (7%) no 4T15 em comparação 3T15.

A Vale registrou Ebitda ajustado  de US$ 7,081 bilhões em 2015, ou 47% inferior ao de 2014, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o Ebitda negativamente em US$ 14,005 bilhões. A margem EBITDA ajustada foi de 27,7% em 2015. O EBITDA ajustado trimestral foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 26% inferior ao do 3T15, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA negativamente em US$ 943 milhões. A margem EBITDA ajustada foi de 23,6% no 4T15.

Os investimentos totalizaram US$ 2,193 bilhões no último trimestre de 2015 e US$ 8,401 bilhões em 2015, uma redução de US$ 3,578 bilhões em comparação com 2014. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,366 bilhão e US$ 5,548 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes somaram US$ 827 milhões e US$ 2,853 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente. Os investimentos totais no ano excederam a última previsão em US$ 200 milhões, em função da execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada.

A venda de ativos totalizou US$ 3,525 bilhões em 2015: US$ 1,316 bilhão proveniente da venda de doze navios VLOCs (very large ore carriers) para armadores chineses; US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR; US$ 900 milhões de mais uma transação de goldstream; e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. No 4T15, a Vale vendeu quatro navios VLOCs com capacidade de 400.000 toneladas para o ICBC Financial Leasing em uma transação de US$ 423 milhões.

Em 2015, a Vale teve prejuízo líquido de US$ 12,129 bilhões contra um lucro líquido de US$ 657 milhões em 2014. O prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15 comparado a um prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. A redução de US$ 6,452 bilhões deveu-se principalmente aos impairments, os quais foram parcialmente mitigados pelo efeito nos resultados financeiros de variação cambial. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,032 bilhão no 4T15, contra um prejuízo básico recorrente de US$ 961 milhões no 3T15.

A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, registrando um pequeno aumento em comparação aos US$ 28,675 bilhões de 30 de setembro de 2015, porém mantendo-se em linha com os US$ 28,807 bilhões de 31 de dezembro de 2014. Após o pagamento de dividendos no valor de US$ 1,5 bilhão em 2015, a dívida líquida totalizou US$ 25,234 bilhões contra US$ 24,685 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e US$ 24,213 bilhões em 30 de setembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2015 totalizou US$ 3,619 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,1 anos com um custo médio de 4,47% por ano.