ROMPIMENTO DE BARRAGEM

O plano da Vale para conter rejeitos

31/01/2019

 

A Vale apresentou ao Ministério Público e aos órgãos ambientais o seu plano para contenção dos rejeitos que vazaram da barragem I, da Mina de Córrego do Feijão. No plano, a área foi dividida em três trechos, onde serão realizadas diferentes medidas de contenção e recuperação.

O Trecho 1, com 10 km de extensão, considera o entorno da barragem e na área serão construídos diques com o objetivo de reter os rejeitos grossos e pesados, possibilitando a reabilitação da área. O Trecho 2, no rio Paraopeba, situado entre Brumadinho e a cidade de Juatuba,  tem cerca de 30 km, sendo a região onde está concentrado o material fino (silte e argila), que deverá ser dragado e acondicionado para destinação adequada, segundo a companhia.

Já o Techo 3, entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo, é o de maior extensão, com 170 km e, segundo a Vale, “tem potencial de receber os sedimentos ultrafinos”. Para este trecho estão previstas “diferentes ações, conforme as características do curso d´água e do material presente no rio”.

“Barreiras de retenção serão instaladas ao longo desse trecho do rio Paraopeba. A técnica utiliza uma membrana no leito do rio, que tem como objetivo buscar reter os sedimentos. Existe a possibilidade de usar floculante, produto químico usado para aglutinar os finos e, assim, facilitar a retirada do material do rio, mas a ação depende da aprovação dos órgãos ambientais”, informa a Vale.

A empresa também esclarece que o sistema de captação de água de Pará de Minas, no rio Paraopeba, “será protegido por três barreiras de retenção. São 115 quilômetros de distância entre a captação do rio e a barragem 1,que se rompeu”.

Segundo a companhia, o rejeito que vazou da barragem está concentrado no Córrego Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba.