O melhor resultado de uma história centenária

24/02/2022
O lucro líquido da Gerdau somou R$ 3,5 bilhões no quarto trimestre de 2021, um recorde histórico para o período.

 

A Gerdau registrou R$ 6 bilhões de Ebitda ajustado no quarto trimestre de 2021, um recorde para o trimestre, e margem Ebitda de 27,8%. O resultado reflete níveis elevados de demanda por aço em todos os mercados onde a companhia atua, principalmente dos setores da construção e industrial na América do Norte e no Brasil. O Ebitda ajustado da Operação de Negócio América do Norte, por exemplo, quadruplicou entre outubro e dezembro na comparação anual, para R$ 2,2 bilhões, atingindo margem Ebitda ajustada de 27,4%. 

O lucro líquido da Gerdau somou R$ 3,5 bilhões no quarto trimestre de 2021, um recorde histórico para o período, enquanto a receita líquida da companhia alcançou R$ 21,6 bilhões no trimestre, um aumento de 58% sobre o mesmo período do ano anterior, com as vendas físicas de aço totalizando 3,2 milhões de toneladas. “A Gerdau registrou, em 2021, o melhor resultado de sua história centenária, refletindo a capacidade da empresa de se inovar e de seguir atendendo integralmente aos mercados em que está presente, com respostas rápidas e soluções adequadas às necessidades de seus clientes, disse Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau. 

Para Werneck, outro destaque da Gerdau em 2021 está relacionado a um futuro mais sustentável, com o compromisso em ter uma meta de redução de emissões de gases de efeito estufa, saindo de 0,93 t de COe por tonelada de aço produzida para 0,83 t de COe por tonelada de aço produzida em 2031, volume abaixo da metade da média global do setor. “Já operamos com uma matriz produtiva sustentável principalmente à base de biorredutor e reciclagem de sucata, mas precisamos ir além, fazendo parte da busca por soluções inovadoras para o processo de descarbonização do planeta”, afirma Werneck.  O nível de endividamento da Gerdau, medido via alavancagem financeira, alcançou, mais uma vez, seu menor nível histórico com a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado reduzindo de 1,25x para 0,30x em dezembro de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em função do forte Ebitda ajustado registrado no período. A Gerdau concluiu o exercício de 2021 com recorde de Ebitda ajustado, ao somar R$ 23,2 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 29,6%. Já o lucro líquido ajustado somou R$ 13,9 bilhões, também recorde anual histórico. A receita líquida totalizou R$ 78,3 bilhões no ano passado, enquanto as vendas físicas de aço alcançaram 12,7 milhões de toneladas.

Investimentos 

No quarto trimestre de 2021, a Gerdau investiu R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 961 milhões em manutenção e R$ 255 milhões em iniciativas de expansão e atualização tecnológica. Ao longo do ano, foram realizados desembolsos que totalizaram R$ 3 bilhões. Para 2022, o novo plano de investimentos da Gerdau está estimado no valor de R$ 4,5 bilhões, sendo R$ 800 milhões em melhorias de práticas ambientais, um valor 33% superior ao de 2021. Estes investimentos contemplam expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Em relação a ações sustentáveis, a Gerdau assumiu, no início de fevereiro, o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço. Atualmente, a empresa possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (COe), de 0,93 t de COe por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de COe por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau vão diminuir para 0,83 t de COe por tonelada de aço. 

Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos dez anos, a Gerdau ampliará o uso de sucata ferrosa como matéria-prima para a produção de aço, expandirá sua área florestal em Minas Gerais, responsável pela produção do carvão vegetal, que funciona como biorredutor na fabricação do ferro-gusa, e crescerá no uso de energia renovável, como os parques solares já anunciados no Brasil e nos Estados Unidos. A empresa também investirá em iniciativas de maior eficiência energética e operacional de suas unidades, em novas tecnologias e inovação aberta. A empresa quer ainda a neutralidade de carbono em 2050, o que depende de tecnologias maduras, ainda inexistentes em escala industrial, e políticas públicas que possibilitem que a indústria global do aço neutralize as suas emissões de carbono.