Lucro líquido cai 76% no primeiro trimestre

06/05/2022
Empresa investiu R$ 701 milhões no primeiro trimestre, com destaque para o avanço nos projetos de expansão da mineração.

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou receita líquida de R$ 11.770 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma leve retração de 1,2% quando comparado ao mesmo trimestre de um ano antes. O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 7.287 milhões no trimestre, 18% a mais que nos três primeiros meses de 2021. Esse aumento de custos foi consequência da alta de preços de algumas matérias primas como o carvão e o coque, além da menor diluição de custos fixos na mineração com a queda no volume produzido.

No primeiro trimestre de 2022, o lucro líquido da CSN foi de R$ 1.364 milhões, 76% inferior ao registrado sobre o mesmo trimestre de 2021. O EBITDA ajustado atingiu R$ 4.718 milhões, 19% a menos que no primeiro trimestre de 2021, com margem Ebitda de 39,1%, o que representa queda de 9,6% em relação ao mesmo período do último ano. Em 31/03/2022, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 18.635 milhões, com a manutenção de um caixa elevado da Companhia, mantendo o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA em 0,89x, ou seja, abaixo do teto de 1x estabelecido pela CSN.

A CSN investiu R$ 701 milhões no primeiro trimestre, com destaque para o avanço nos projetos de expansão da mineração, com os projetos de filtragem de rejeito e de expansão do porto, além de reparos nas operações de siderurgia e nas baterias de coque da UPV. 

A Companhia produziu 895 mil toneladas de placas de aço no primeiro trimestre de 2022, 9,4% inferior em relação ao trimestre anterior, devido a interrupções pontuais resultantes de quedas de energia e manutenções programadas. A produção de laminados planos atingiu 827 mil t, o que representa uma contração de 3,7% em relação ao 4T21. Por outro lado, as vendas totais atingiram 1.157 mil toneladas no primeiro trimestre de 2022, volume 13% superior ao registrado no quarto trimestre de 2021. As vendas domésticas somaram 754 mil toneladas de produtos siderúrgicos, um montante 21% superior em relação ao 4T21, o que reforça a bem sucedida estratégia para capturar participação de mercado iniciada no trimestre anterior, além de sinalizar uma retomada sustentável das vendas após um início de ano mais comedido. Deste total, 691 mil toneladas referem-se a aços planos e 63 mil toneladas a aços longos. 

No mercado externo, as vendas do trimestre somaram 402 mil toneladas, volume 20,8% superior às realizadas no 4T21, como consequência de um resultado muito forte observado na operação da SWT, além de um dinamismo maior nos segmentos de zincados e laminados a frio. Durante o trimestre, 38 mil toneladas foram exportadas de forma direta e 364 mil toneladas foram vendidas pelas subsidiárias no exterior, sendo 53 mil toneladas pela LLC, 223 mil toneladas pela SWT e 88 mil toneladas pela Lusosider. Em relação ao volume total de vendas, os segmentos de distribuição (+43%) e construção civil (+14%) foram os principais destaques positivos do período, compensando o início de ano mais fraco observado nos setores de linha branca e de embalagens metálicas.