AÇO

IABr revê previsões para 2018

02/08/2018

 

O Instituto Aço Brasil (IABr) divulgou quarta-feira, 25 de julho, o balanço referente ao primeiro semestre de 2018. A produção brasileira de aço somou 17,2 milhões de toneladas na primeira metade do ano, um crescimento de 2,9% na comparação com o mesmo período de 2017. As vendas internas alcançaram 8,8 milhões de toneladas de aço, incremento de 9,9% até junho, enquanto o consumo aparente atingiu 10,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 9,3% sobre os seis meses iniciais de 2017. Segundo o instituto, o desempenho semestral confirma a recuperação gradual da indústria siderúrgica no ano de 2018.

Por outro lado, as exportações caíram 5,7% de janeiro a junho de 2018, somando 6,9 milhões de toneladas de aço. Já as importações cresceram 5,6%, para 1,3 milhão de toneladas de aço no mesmo período. Apesar dos números positivos, a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio passado prejudicou a indústria do aço no mercado interno e exportações. As produtoras brasileiras de aço têm buscado a exportação para elevar a utilização da capacidade instalada – 68% na média do 1º semestre do ano. No entanto, o cenário internacional piorou desde o início de março, com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump de estabelecer tarifa de 25% para o aço importado e, posteriormente, negociar cotas de exportação para o aço de alguns países, entre os quais o Brasil. A medida impactou as projeções para o ano, considerando o fechamento de outros mercados na esteira da decisão americana.

As projeções do IABr são de que as vendas internas de aço cresçam 5% em 2018, com volume de 17,7 milhões de toneladas, e com uma produção 4,3% maior em relação a 2017. As exportações devem cair 0,6% este ano na comparação com 2017, enquanto o consumo aparente de aço deve subir 4,9% em 2018. Embora previsões positivas, todos os números foram revisados para baixo em comparação ao início do ano, diante da não retomada do crescimento econômico como esperado. No Brasil, a indústria de transformação vem perdendo, de forma significativa, ao longo dos anos, participação no PIB. A indústria brasileira do aço espera que, estando a três meses das eleições para a Presidência da República, este seja um tema prioritário na agenda de todos os candidatos.