FERTILIZANTES

Dependência externa continua

22/03/2018

 

Apesar dos esforços dos produtores nacionais, a dependência de importações das matérias primas para fertilizantes, notadamente potássio, rocha fosfática e enxofre, continua pesando negativamente na balança comercial brasileira. De acordo com números compilados pelo Ministério de Minas e Energia, com base nas informações do sistema AliceWeb/MDIC, em 2017 as importações desses três insumos somaram US$ 2,755 bilhões, mais que 1/3 das importações minerais do País. 
 
Foram importadas, no ano passado, 9,674 milhões de toneladas de potássio, volume bem acima das 8,713 milhões de toneladas que ingressaram no Brasil em 2016. Como os preços do cloreto de potássio (KCl) aumentaram 8,3% de um ano para outro, o desembolso com importações de potássio foi de US$ 2,394 bilhões. Em valor, as importações de potássio só perdem para o carvão metalúrgico, com o qual o Brasil gastou US$ 3,629 bilhões em importações no ano passado. 
 
O enxofre figura em segundo lugar na pauta de importações de matérias primas para fertilizantes, com um volume de importações de 2,651 milhões de toneladas, equivalentes a US$ 213 milhões. Em 2016 o volume de importações havia sido menor, totalizando 2,357 milhões de toneladas, a um valor de US$ 192 milhões. 
 
A rocha fosfática, da qual a dependência brasileira é menor, em 2017 teve importações de 1,903 milhão de toneladas, que custaram US$ 148 milhões, valor abaixo do que foi gasto em 2016, quando as 1,711 milhão t custaram US$ 152 milhões. É que o preço da rocha fosfática apresentou uma redução de -12,46% de 2016 para 2017.  Para mais detalhes sobre o setor de fertilizantes, leia matéria na edição 379 da Brasil Mineral.