Buritirama implementa plano de crescimento
A Mineração Buritirama, segundo maior produtor de manganês do País e quarto maior do mundo, competindo em um mercado onde figuram gigantes como South 32, Eramet e Vale, planeja chegar a uma comercialização de 1,2 milhão de toneladas em 2018, o que equivale a quatro vezes o volume de produção de 2016, que foi de 300 mil toneladas.
Para isto a empresa implementou um plano de reestruturação e crescimento das operações, que envolveu desde a parte de geologia até a logística, passando pela lavra e o beneficiamento, segundo João Araújo, diretor da Buritirama. Ele informa que a companhia também está investindo em sua verticalização, com a transferência e posta em marcha de uma planta de sinterização, que estava instalada em Barcarena (PA), para Marabá, onde estão localizadas as instalações de mineração e processamento. No total, a transferência da sinterização está demandando investimentos da ordem de R$ 70 milhões. A planta terá capacidade inicial de 150 mil toneladas/ano, mas poderá vir a produzir até 300 mil t/ano.
Para sustentar o seu crescimento, a Buritirama – que é uma das indicadas ao prêmio Empresas do Ano do Setor Mineral, na categoria Minerais Ferrosos -- desenvolveu um novo plano estratégico, para os próximos três anos, e que tem como um de seus pilares reduzir os níveis de decisão dentro da companhia, a fim de ganhar mais agilidade em sua atuação.
Segundo João Araújo, esse planejamento abrange desde a geologia, visando ampliar ainda mais as reservas, até as áreas de processo, recuperação metálica, mitigação dos riscos na barragem de rejeitos e meio ambiente em geral.
Ao mesmo tempo, a direção da Buritirama está desenhando uma nova empresa, uma holding operacional, que inclui as atividades de mineração, reflorestamento e logística.
“O reflorestamento vem agregar valor à companhia, reduzindo nossa pegada de carbono, através do manejo sustentável de florestas. E o porto é uma diversificação da companhia, já que estará destinado também à movimentação de grãos”, afirma o diretor, explicando que o projeto do porto, em Vila do Conde, no Pará, está caminhando a passos largos, pois a empresa já multiplicou a área original. Era um projeto com retroárea de 70 mil metros quadrados e hoje está com 500 mil metros quadrados.
O empresário afirma que o projeto de crescimento e verticalização da Buritirama tem contado com o apoio do governo do estado do Pará, através da concessão de incentivos fiscais nas linhas oferecidas pela Sudam.