DIAMANTES

Brasil pode voltar a ser grande produtor mundial

07/03/2017

 

O Brasil poderá voltar a ter lugar de destaque na produção mundial de diamantes, colocando-se entre os cinco maiores produtores. É o que afirma Ken Johnson, CEO da Lípari Mineração, que se tornou o primeiro produtor brasileiro de diamantes a partir de kiberlitos (rocha primária) e que em 2016 produziu um total de 116.757 quilates, com uma receita de US$ 23 milhões, com previsão de produzir 210 mil quilates em 2017, o que lhe permitiria obter uma receita de 42 milhões.

Para respaldar sua afirmação, Johnson disse – em apresentação feita no Brazilian Mining Day, no PDAC 2017, em Toronto -- que há pelo menos 1.320 kimberlitos no território brasileiro e que, mundialmente, a experiência mostra que cerca de 1% dos kimberlitos são econômicos. Porém, para que o Brasil possa viabilizar esse potencial é preciso que haja mais investimentos em exploração mineral. O Canadá, que está entre os grandes países produtores de diamantes, gasta aproximadamente US$ 140 milhões por ano só na exploração de kimberlitos, enquanto o Brasil gasta menos de US$ 1 milhão.

Atualmente o Brasil ocupa a 11a. posição mundial em volume de produção e 10a. em valor. Porém, em termos de valor médio dos diamantes produzidos, o Brasil se coloca em 4o. lugar.

A produção de diamante primário no Brasil hoje é feita na mina de Braúna, na Bahia, operada pela Lípari, onde existem 22 ocorrências de kimberlitos e que é a maior mina de diamantes na América Latina. Segundo Johnson, Braúna tem potencial para produzir 2,5 milhões de quilates. A Lípari tem planejada uma planta com capacidade para processar 2.300 toneladas/dia de minério, podendo vir a produzir 340 mil quilates de diamantes.

Brevemente o País terá uma segunda mina, que está sendo implantada pela empresa Five Star, onde existem cinco kimberlitos e que tem produção projetada de 90 mil quilates por ano.