BARRAGEM

BHP diz que desastre podia ser maior

13/01/2016

 

Dois meses após o acidente de 05 de novembro de 2015 da barragem de rejeitos da Samarco, a BHP Billiton e a Vale informam que, através de dados obtidos por satélites, o volume de rejeitos é significativamente menor do que as estimativas iniciais. O acidente vitimou 17 pessoas e deixou centenas de desabrigados na região de Mariana, Minas Gerais.

Segundo a avaliação por satélite foram liberados 32 milhões m³ de rejeitos com o rompimento da barragem. Estima-se que 85% dos rejeitos lançados ficaram retidos cerca de 85 km da barragem Fundão. O volume é bem menor que os 50 milhões m³ estimados logo após o acidente acontecer. A BHP informa que a Samarco tem realizado diversas medidas para estabilizar os rejeitos e impedir que novo volume invada o rio Doce. Dentre as ações estão construções de diques de contenção e reflorestamento ao longo do rio Galaxo e rio Doce.

A dragagem da hidrelétrica de Candonga também foi planejada e é esperada uma melhora na qualidade da água. Enquanto isso, as instalações de tratamento de água ao longo do rio Doce foram capacitadas para tratar água para consumo humano, uso industrial e agrícola. Uma série de organizações também realiza trabalhos contínuos para hidrelétricas, turbidez da água e acumulo de sedimentos. O Governo basileiro multou a Vale e BHP em US$ 5 bilhões pelos danos ambientais.