VALE

17 barragens mineiras perdem DCE

04/04/2019

 

A Vale informa que não obteve renovação da Declaração de Controle de Estabilidade (DCE) para 17 reservatórios de rejeitos que posssui em Minas Gerais. Do total, 10 são estruturas que ainda não tinham registrado alteração dos fatores de segurança e outros sete são reservatórios que já havia sido divulgada a mudança no status de segurança. O documento permite a manutenção das operações. 
No caso das barragens Sul Superior, de Barão de Cocais, B3/B4, de Macacos, distrito de Nova Lima, Vargem Grande, de Nova Lima, Forquilha I, II, III e Grupo, essas quatro últimas de Ouro Preto, as atividades já estavam interditadas a partir da elevação dos níveis de segurança. Três delas apresentam nível 2, de alerta, e quatro estão no nível 3, que indica ruptura iminente. Já as barragens Dique Auxiliar da Barragem 5, da Mina de Águas Claras; Dique B e barragem Capitão do Mato, da mina de Capitão do Mato; barragem Maravilhas II, do complexo de Vargem Grande; dique Taquaras, da mina de Mar Azul; barragem Marés II, do complexo de Fábrica; barragem Campo Grande, da mina de Alegria; barragem Doutor, da mina de Timbopeba; Dique 02 do sistema de barragens de Pontal, do complexo de Itabira; Barragem VI, da mina do Córrego de Feijão, com a ausência da renovação do DCE passaram para o nível 1. Isto significa que não há exigência para evacuação das zonas de autossalvamento, segundo a Vale. Porém, essas estruturas terão que paralisar as atividades. 
 
"Os auditores externos reavaliaram todos os dados disponíveis das estruturas e novas interpretações foram consideradas em suas análises para determinação dos fatores de segurança, com a adoção de novos modelos constitutivos e parâmetros de resistência mais conservadores", informou a empresa por meio de nota. Com o objetivo de garantir a estabilidade das estruturas, a Vale informou ainda que está trabalhando com seus técnicos e especialistas de renome mundial em investigações complementares para assegurar que o modelo utilizado pelos auditores externos está adequado. A companhia planeja atualmente medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança destas estruturas. 
 
Renovação de 80 DCEs 
 
A Vale renovou 80 Declarações de Condições de Estabilidade (DCE) de suas estruturas operacionais com prazo de vencimento em 31 de março deste ano. 
 
Os auditores externos reavaliaram todos os dados disponíveis das estruturas e novas interpretações foram consideradas em suas análises para determinação dos fatores de segurança, com a adoção de novos modelos constitutivos e parâmetros de resistência mais conservadores. Para assegurar a estabilidade das estruturas, diante dos novos parâmetros e seguindo as orientações do poder público, em especial da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Vale está trabalhando com seus técnicos e especialistas de renome mundial em investigações complementares para garantir que o modelo utilizado pelos auditores externos está adequado e já está planejando medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança destas estruturas. 
 
As estruturas que não obtiveram renovação das DCEs não têm alterado seu fator de segurança, nem a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas entre 307 e 332 milhões de toneladas, divulgada no Fato Relevante "Vale informa sobre atualização de projeções", de 28 de março de 2019.